02/06/2011 12h40
Justiça do Trabalho propõe suspensão da greve da CPTM
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo propôs, durante audiência conciliatória entre a CPTM e os representantes dos sindicatos dos ferroviários, na tarde desta quinta-feira (2), que a paralisação da categoria seja suspensa e seja mantido o estado de greve, com a continuidade das negociações. Nesta quinta, a greve completou dois dias, paralisando todas as 89 estações de trem da Grande São Paulo.
A Justiça reiterou a determinação de que os ferroviários mantenham 90% do sistema funcionando nos horários de pico e 70% no restante do dia. Caso contrário, a multa aos grevistas, que era de R$ 100 mil por dia, será de R$ 200 mil.
O juiz Davi Furtado Meirelles propôs ainda que a assembléia dos ferroviários seja antecipada das 18h para as 17h desta quinta e que a decisão seja comunicada imediatamente ao TRT. Os representantes dos sindicatos se comprometerem a antecipar a assembleia.
Caso a greve seja mantida, o TRT volta a se reunir às 18h desta quinta para julgar se o movimento é legal ou não. O juiz marcou para o dia 15 deste mês o julgamento do dissídio coletivo econômico.
Mais cedo, CPTM e sindicatos estiveram reunidos na Estação Brás. Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, não houve um acordo com a categoria, mas ele afirmou que os funcionários se mostraram dispostos a negociar.
De acordo com Fernandes, não foi feita uma nova proposta de reajuste salarial, mas outras propostas da CPTM que não estavam claras foram explicadas. A categoria reivindica um aumento real de 5% (além da inflação) e a companhia oferece um aumento de 3,07%.
A CPTM informou nesta manhã que todas as 89 estações de trem da região metropolitana não operaram, afetando 2,45 milhões de passageiros.