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Confiança na busca


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13/01/2018 08h37

Confiança na busca

Frei Venildo Trevisan


 Existem pessoas acomodadas em seu modo de ser e de viver. E existem pessoas incomodadas por não saberem como ser e como viver. Seja qual for a situação, sempre haverá espaço e tempo para buscar algo que alimente e fortaleça uma certa maneira de se relacionar e de construir a garantia em seu existir.


As pessoas que descobrem o tanto que é bom e saudável lutar por uma causa percebem também o quanto será necessário para garantir sucesso em seus empreendimentos. Não poderá se contentar com o comum de cada dia. Necessitará ser cada dia mais coerente com a escolha feita e com a decisão tomada. Terá que criar, ainda, maneiras sempre mais atualizadas de construir aquilo que considera sagrado em sua busca de felicidade.

Uma certa ocasião, o Mestre dos mestres andava pelos caminhos da Galileia tentando fazer-se conhecido entre o povo, pois ainda não havia conseguido se destacar por suas palavras e seus feitos. Mas alguém do meio do povo percebeu algo nele de incomum. A curiosidade passou a inquietá-lo. Criou coragem, aproximou-se e perguntou: “Mestre, onde moras?” E ele respondeu: “Vem ver!” (Jo.1,30-31). Não era simples curiosidade. Havia algo diferente nele.

Diz o evangelista que um grupo do meio desse povo foi e ficou com ele aquele dia. Descobriu a quem procurava. Encontrou a quem era aguardado por todas as nações e por todos os povos. A busca inquietante se transformou em encontro feliz. Aquilo que buscavam não precisou mais ser buscado. E a história mudou seu rumo e seu sentido.

Penso em tantos seres humanos que andam inquietos procurando um ambiente saudável para viver. Penso em tantos seres humanos em busca de uma consciência tranquila e de um coração celebrando a paz. Penso em tantos seres humanos vagando pelos caminhos tortuosos e confusos por não conseguirem superar suas dúvidas e vencer seus medos.

Talvez sejam assim por não aceitarem outras possibilidades e outras maneiras de viver. Permanecem prisioneiros de seu orgulho e de seu modo de encarar a realidade. Não aceitam vestir a veste da humildade e reconhecer suas misérias e entrar no amor misericordioso de Deus.

Querem andar a sós. Querem apenas seguir seu modo de pensar e de conduzir suas razões. São simplesmente corações fechados. São simplesmente olhos vendados. E são, infelizmente, almas prisioneiras de suas fantasias e caprichos.

Falta-lhes a simplicidade em reconhecer que precisam descobrir e aceitar a presença de Deus em suas mentes. Falta-lhes sentir o quanto é maravilhoso o convite do Mestre: “Vinde ver!” Esse convite está no ar, está em todos os caminhos, está em todos os ambientes e em todas as mentes. 

Aceitar ver onde Ele mora certamente causará uma surpresa nem sempre agradável. Muitos imaginam que esteja morando em palácios luxuosos e confortáveis. Puro engano. Ele mora junto aos empobrecidos, aos portadores de deficiências, aos marginalizados da sociedade. Sua morada são os corações mansos e humildes. Sua habitação se encontra em meio aos que lutam pela justiça e pela igualdade entre irmãos.




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