- mell280
11/08/2011 10h00
Por mês, polícia registra 20 furtos de hidrômetros em Corumbá e Ladário
A Polícia Civil estima que pelo menos 20 casos de furtos de hidrômetros são registrados por mês em Corumbá e Ladário, cidades no Pantanal sul-mato-grossense, distantes 444 e 435 quilômetros de Campo Grande.
Uma das vítimas foi o aposentado Ramão Alves Arruda. No dia do furto, quando ele acordou, abriu a torneira e não havia água. Esta é a segunda vez que o aposentado se surpreende com o furto do hidrômetro. "Levantei de manhã e estava sem água. Fui olhar e vi que o relógio estava aberto, aí eu falei 'roubaram o relógio'. Daí ficou por isso mesmo, porque eu não podia falar mais nada, o que eu ia fazer." O problema enfrentado pelo aposentado é mais comum do que se imagina. Segundo o delegado de Polícia Civil, Jeferson Rosa Dias, os criminosos arrancam os hidrômetros para retirar peças e canos de metal e até partes plásticas do próprio equipamento. A intenção é revender esse material. "Quem furta os hidrômetros são os usuários de drogas. Eles buscam na parte interior um metal, que é derretido e revendido aos ferro-velhos. Quem furta ou recebe o material furtado está cometendo crime." Só nos últimos dois dias, pelo menos dez hidrômetros foram furtados em Corumbá. De acordo com a empresa concessionária de abastecimento de água, em anos anteriores esse número chegou a 50 por dia. Um prejuízo para a empresa e para os usuários. Cada hidrômetro custa ao usuário R$ 136, mas a concessionária de abastecimento afirma que, muitas vezes, não repassa esse valor ao cliente. Um exemplo é quando o hidrômetro fica do lado de fora da casa. Todos os dias, o gerente da concessionária de água, Sérgio Philbois, faz, pelo menos, cinco instalações. Ele explica o procedimento que o usuário precisa adotar em casos de furto de hidrômetro. "Primeiro momento o usuário precisa fazer um registro na polícia de forma que a empresa possa fazer a substituição desse hidrômetro sem a cobrança da peça em si do usuário." Como a maioria dos furtos acontece durante a madrugada e a polícia diz que é difícil flagrar a ação dos criminosos, a indicação da concessionária para evitar prejuízos e transtornos, segundo Philbois, é encontrar maneiras de proteger os equipamentos. "A possibilidade de instalação do kit cavalete junto com o hidrômetro na face do muro de forma que possa ser colocada uma proteção, uma tampa, ou algum tipo de proteção para evitar o acesso fácil das pessoas que vão fazer esse tipo de coisa.