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Favela é fechada e moradores são transferidos para apartamentos novos


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  • mell280

28/04/2017 14h00

Favela é fechada e moradores são transferidos para apartamentos novos

Residentes começaram a se mudar nesta sexta-feira, para apartamentos no Residencial Jardim Canguru

Richelieu de Carlo e Yarima Mecchi


 Cerca de 42 famílias começaram a ser transferidas, nesta sexta-feira (28), da favela Cidade dos Anjos, que ocupa uma quadra no Jardim das Hortências, região sul de Campo Grande. Todas serão alocadas no Residencial Jardim Canguru, cujas chaves de apartamentos foram entregues ontem pela Prefeitura e Governo do Estado.Entre os moradores, alguns fazem a mudança por conta própria e outros contam com auxílio da gestão municipal. Equipes da concessionária de energia estão desativando as cerca de 80 ligações clandestinas que existem no local, de acordo com Paulo Roberto Santos, gerente comercial da Energisa.

Como não será possível transferir todos de uma única vez, a energia será mantida em 30% da favela, com expectativa para ser encerrada na próxima terça-feira (2).

A favela Cidade dos Anjos é resultado de uma invasão ocorrida há quatro anos, onde foram estabelecidos barracos de lona, sem saneamento básico e condições precárias de acesso a energia e água potável, o que refletia diretamente na saúde principalmente de crianças, que cresciam ladeadas por lixo, esgoto a céu aberto, animais domésticos esquálidos, roedores e mau cheiro.

O sentimento geral é de alegria por essa realidade estar ser deixada para trás. Como demonstra a dona de casa Maria Silveira, 33 anos, residente a quatro anos da favela, com o marido e quatro filhos. “Estou muito feliz por mudar para uma casa própria com condições melhores”, disse deixando escapar um leve apego pelo lugar. “Vou sentir falta da vizinhança, mas vai ser melhor para mim e minha família”.

 
Equipes da Energisa desfazem ligações irregulares. (Foto: Yarima Mecchi)Equipes da Energisa desfazem ligações irregulares. (Foto: Yarima Mecchi)
 
“Chave na mão e barraco no chão”, diz Maria Silveira. (Foto: Yarima Mecchi)“Chave na mão e barraco no chão”, diz Maria Silveira. (Foto: Yarima Mecchi)
 

A alegria é compartilhada pela também dona de casa Mariana Santana, 24 anos, que vive com os três filhos, o mais novo de cinco meses e o mais velho de seis anos. Ela conta que o marido se instalou primeiro, no início da invasão. Um ano depois ela se mudou para o local e, neste sábado, um novo lar a espera.

“Vou me mudar amanhã por minha conta mesmo. Já visitei o apartamento, que tem piso, chuveiro, saneamento básico, segurança, e não teremos mais problemas com doenças por causa dos ratos e baratas. Estou muito feliz”, comemora Mariana.

Além da felicidade, ela defende que o estilo de vida das pessoas que estão sendo transferidas não reflete o ambiente em que moravam. “O povo acha que quem é da favela é do mesmo jeito, mas não, a gente é limpinho. A maioria dos barracos é organizado”.

As mudanças seguem pelos próximos dias, sendo acompanhada pela Polícia Militar e Guarda Municipal, que vão servir de segurança para que novas invasões não aconteçam no local, que será limpo pelo serviço de patrola da Prefeitura.

“Chave na mão e barraco no chão”, conclui Maria Silveira.

 
Morador começa a desfazer o barraco. (Foto: Yarima Mecchi)Morador começa a desfazer o "barraco". (Foto: Yarima Mecchi)




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