Na madrugada desta segunda-feira (22), o acidente envolvendo um balão que atingiu a rede elétrica na capital paulista, causando transtornos à população ao erguer uma motocicleta até a fiação elétrica e provocar o capotamento de um carro, impactou três linhas de alta tensão e alguns circuitos de média tensão, deixando moradores sem luz.

Esse é um problema que ocorre com frequência. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o Corpo de Bombeiros atendeu 15 ocorrências de incêndio causadas por quedas de balões apenas neste ano no estado, enquanto a Polícia Militar Ambiental já apreendeu 35 balões neste período. Nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na Grande São Paulo, neste ano foram registradas 30 ocorrências. E o problema se estende a outras cidades. De acordo com a Linha Verde do Disque Denúncia, o Rio de Janeiro teve um aumento de 70% nas denúncias envolvendo a prática criminosa de balão no ano de 2023.
 

Para trazer uma solução para este cenário, que pode gerar inúmeros acidentes terrestres e aéreos, a SONDA Brasil, líder regional em Transformação Digital, desenvolveu uma solução baseada em visão computacional e Inteligência Artificial (IA) para o monitoramento de balões. Ao reunir câmeras inteligentes equipadas com radar ou sonar, a plataforma integrada detecta a aproximação de objetos no céu, faz a leitura com as câmeras e envia as informações para uma aplicação de visão computacional, que faz reconhecimento de imagem. Na sequência, a solução identifica o objeto, categoriza o nível de risco e, se for grave, inicia uma estratégia de comunicação automatizada com as autoridades responsáveis, como bombeiros ou defesa civil, para que elas tomem medidas preventivas e evitem catástrofes.
 

A tecnologia ainda permite a medição de direção e velocidade do vento, determinando o tempo até que o balão passa a representar um risco significativo à estrutura, conseguindo avisar os órgãos responsáveis a tempo.