A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizou, na noite de ontem, no auditório do antigo CEUD, a cerimônia de colação de grau das turmas dos cursos de Zootecnia e Agronomia. Entre os formandos, destacou-se Apache Ansunda Có, estudante natural de Guiné-Bissau, na África, que recebeu o diploma de Engenheiro Agrônomo ao lado de seus colegas formandos.

A UFGD tem se consolidado como um polo de atração para estudantes de diversos países, como:  Paraguai, Bolívia e outras nações da América Latina e África. Essa diversidade reforça o caráter internacional da universidade, que oferece uma formação de excelência e oportunidades de integração e aprendizado para acadêmicos de diferentes realidades culturais e socioeconômicas, foi o que relatou ao portal tudodoms Pró-Reitor de Ensino de Graduação, Prof. Dr. Etienne Biasotto

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"Não é a primeira vez que a instituição forma alunos estrangeiros. A UFGD já conta com uma longa tradição de diplomar estudantes de outras nações em diversos cursos, como Medicina, Direito, Engenharia e Ciências Biológicas. Essa pluralidade enriquece o ambiente acadêmico e estimula o intercâmbio de conhecimentos entre alunos de diferentes partes do mundo", disse Dr Etienne Biasotto.

A cerimônia, que reuniu as turmas de Zootecnia e Agronomia, simbolizou mais uma etapa no compromisso da UFGD em formar profissionais qualificados para atuar tanto no Brasil quanto no exterior. Apache Ansunda Có, com sua experiência e formação na universidade, é um exemplo dessa missão, levando conhecimentos técnicos e científicos para contribuir com o desenvolvimento em sua terra natal, Guiné-Bissau.   Ao portal tudodoms, o egresso de agronomia,  Apache Ansunda Có, estudante de Guiné-Bissau, resumiu como chegou a Dourados e porque escolheu ser engenheiro agrônomo. 

“Sou Apache Ansunda Có, africano da Guiné-Bissau, vim para o Brasil com o objetivo de estudar, por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Para quem é de um país lusófono, como eu, todos os processos seletivos são realizados no país de origem: inscrição, provas e a escolha dos cursos e universidades, "  contou.

Ao chegar a Dourados, não tinha a mínima ideia sobre a cidade. "Até brinco que foi Dourados que me escolheu. No processo seletivo, temos a opção de escolher dois cursos e duas cidades. Além disso, há um espaço onde é perguntado se o candidato aceita estudar em qualquer estado brasileiro, e eu disse que sim, aceitaria. Fui então direcionado para Dourados, e hoje posso dizer que estou amando esta cidade," disse.

Sobre a escolha do curso, Apache contou que sempre teve uma paixão por agronomia, em grande parte por causa de Amílcar Cabral, um dos pais da nacionalidade guineense. "Ele era engenheiro agrônomo e sempre foi uma grande inspiração para mim. Escolher agronomia foi uma forma de seguir os passos desse grande líder e contribuir para o desenvolvimento do meu país,” finalizou.