Em nota, a Copab explica que, recentemente, tem sido alvo de ações judiciais em que a adesão dos sócios mais antigos é questionada, sendo pedido o ressarcimento dos valores cobrados dos associados.

 

A confederação explica que advogados, munidos dos dados pessoais dos aposentados, entram em contato com essas pessoas e prometem que irão abrir ações para pedir à Justiça "a redução dos juros cobrados pelos bancos”, quando, na verdade, querem que os aposentados concordem com ações contra a entidade para conseguir ganhar algo, caso a Cobap não tenha mais os documentos que comprovem a adesão dos aposentados às associações.

 

“Muitas vezes, os advogados só informam ao aposentado que irão cobrar a redução dos juros cobrados pelos bancos e nem mencionam o nome da Cobap. Agindo assim com a prática de uma advocacia predatória, vem desprezando o trabalho da maior e mais antiga entidade de defesa aos direitos dos idosos. Esclarecemos aos sócios da Cobap que eles estão seguros, pois o INSS não cadastra dois descontos associados em uma só aposentadoria”, diz a nota da entidade.

 

 

A Cobap alerta a todos aposentados e pensionistas que não repassem seus dados a ninguém por telefone, nem façam fotos mostrando seu rosto, caso o procedimento seja pedido.

 

“Procure sempre ser atendido em uma associação ou em um banco onde você está vendo as pessoas (presencialmente. Por telefone, evite as palavras “sim”, “concordo” , “tudo bem”, principalmente se não conhece com quem está falando. Nada deve ser feito virtualmente, ou fora de uma associação. Procure as associações ligadas a Cobap”, alerta a entidade.

 

Investigação - No dia 26 de setembro, a PF deflagrou a Operação Mercado de Dados,  com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Alagoas, especializada na obtenção fraudulenta de dados de beneficiários do INSS.

 

As investigações, iniciadas em setembro de 2023, revelaram que a organização era composta por hackers que utilizavam técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar diretamente o banco de dados do INSS; servidores da autarquia que vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas; e indivíduos que comercializavam os dados obtidos para quaisquer interessados.

 

 

Mandados foram cumpridos em Mato Grosso do Sul, outros sete estados e no Distrito Federal.