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06/01/2025 13h03
Primeiro secretário da Alems debate endividamento rural e apoio ao agronegócio em MS
Política
Laureano Secundo
Primeiro secretário da Alems debate endividamento rural e apoio ao agronegócio em MS
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, já confirmou a vinda a Mato Grosso do Sul, em fevereiro, para debater o endividamento rural. A visita está sendo articulada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB/MS), e tem como objetivo ampliar o debate, que teve inicio com uma grande reunião em Maracaju (MS), realizada em setembro do ano passado, com mais de 600 produtores de vários municípios.
No encontro, convocado pelo Movimento Alerta do Agro, produtores reivindicaram a criação de mecanismos que possibilitem renegociações de longo prazo, com juros reduzidos, para garantir a sobrevivência econômica do setor.
O 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado Paulo Corrêa (PSDB/MS), esteve, em dezembro, em outra reunião, desta vez, com a participação do governador do Estado, Eduardo Riedel, a ministra Simone Tebet, e o produtor rural e representante do Movimento Alerta do Agro, Valdenir Portela Cardoso.
O grupo discutiu medidas emergenciais para enfrentar os desafios que, há três anos consecutivos, vem gerando perdas expressivas para o setor produtivo. O novo encontro, agora com a particiação do ministro Favaro, deve contar com representantes do setor produtivo dos estados de Goiás e Mato Grosso, que também enfrentam crises similares. A ideia é avançar na construção de políticas públicas abrangentes e eficazes para o setor.
Em Mato Grosso do Sul, a crise, que atinge, principalmente, a região centro-sul do Estado, é reflexo de uma combinação de fatores: mudanças climáticas severas, custos de produção elevados e a queda nos preços das commodities agrícolas.
A conjuntura tem colocado em risco a viabilidade financeira de produtores rurais e comprometido o plantio das safras futuras, como a de 2025/2026. “O setor vive uma situação de endividamento crescente. Embora alguns produtores ainda consigam renegociar suas dívidas, muitos já chegaram ao limite da sua capacidade financeira ou de crédito. Precisamos agir agora para evitar uma desestruturação ainda maior nos próximos anos”, comentou Paulo Corrêa.
Já o produtor rural, Valdenir Portela, da região de Maracaju, alertou para a gravidade da situação enfrentada pelos produtores da região Centro-Sul, destacando que o endividamento do agronegócio não pode ser tratado de maneira superficial ou improvisada.
Segundo ele, a busca por soluções passa pela atuação conjunta do Ministério da Agricultura, Fazenda e Banco Central, além de um diálogo estruturado que considere os desafios a médio e longo prazo. “Precisamos tratar o endividamento do agronegócio com seriedade e planejamento. O problema é grande e não será resolvido da noite para o dia. É fundamental um esforço conjunto entre ministérios, estados e setor produtivo para buscar saídas reais e estruturadas que atendam os produtores e enfrentem os desafios do campo”, finalizou Portela.
Também participaram da reunião o secretário de Estado da Casa Civil, Eduardo Rocha, e o prefeito de Maracaju, Marcos Calderan.
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