- mell280
24/01/2025 16h18 - Atualizado em 24/01/2025 18h05
Falência da Tonon completa 5 anos, e ex-funcionários ainda aguardam salários não pagos direitos trabalhistas
Fevereiro marca cinco anos desde que a Justiça decretou a falência do Grupo Tonon, empresa do setor sucroenergético que possuía uma usina no distrito de Vista Alegre, município de Maracaju, em Mato Grosso do Sul. No entanto, mesmo após esse longo período, os ex-colaboradores ainda não receberam seus direitos trabalhistas e seguem sem respostas concretas sobre o futuro da empresa e a possibilidade de retomada das atividades na região.
A situação se agravou em 2020, quando a Justiça converteu a recuperação judicial da Usina Tonon em falência definitiva. A decisão foi da juíza Daniela Almeida Prado Nino, da 3ª Vara Cível de Jaú, em São Paulo, cidade vizinha a Bocaina, onde está localizada a sede da controladora do grupo. Desde então, pouco avanço foi registrado no processo, deixando os trabalhadores sem perspectivas de pagamento.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores, os salários que já estavam atrasados desde dezembro de 2019 continuam pendentes, sem qualquer previsão de acerto. A lentidão no andamento do processo judicial tem gerado indignação entre os trabalhadores, que enfrentam dificuldades financeiras e incertezas quanto ao futuro. Ronaldo França, que atuava no Grupo Tonon, expressa sua frustração com a situação. “Já se passaram cinco anos e até agora nada foi resolvido. A gente não sabe se vai receber nossos direitos algum dia ou se a empresa voltará a funcionar, gerando novas oportunidades de emprego”, desabafa.
A falência da Tonon impactou fortemente a economia local, deixando centenas de trabalhadores desempregados e afetando fornecedores e pequenos empresários da região. A usina de Vista Alegre, que já foi um importante polo de geração de empregos, permanece inativa, e não há informações concretas sobre uma possível reativação.
O portal TudoDMS tentou entrar em contato com representantes da empresa para obter atualizações sobre o caso, mas até o momento não obteve resposta. Enquanto isso, os ex-funcionários esperam que a Justiça acelere o desfecho do caso e garanta o pagamento das verbas rescisórias devidas. “Infelizmente, a morosidade do sistema judicial brasileiro faz com que muitos trabalhadores fiquem à mercê da incerteza, sem uma solução definitiva para suas pendências”, lamenta Ronaldo França.
Enquanto o impasse permanece, a comunidade de Vista Alegre segue aguardando uma definição que traga alívio financeiro para os ex-trabalhadores e esperança para a economia local.