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Companhia aérea Azul eliminou quase US$ 1,6 bilhão em dívidas


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  • mell280

30/01/2025 09h52

Companhia aérea Azul eliminou quase US$ 1,6 bilhão em dívidas

Lauyanda Gomes


 

 

A companhia aérea Azul anunciou ontem a conclusão da sua reestruturação financeira. Segundo a empresa, foram eliminados quase US$ 1,6 bilhão em dívidas e levantados US$ 525 milhões em novos investimentos. Esta era a última etapa da reestruturação que começou no ano passado, com objetivo de contornar o endividamento da empresa após os prejuízos da pandemia e grande despesa corporativa.

 

O acordo envolveu negociações com arrendadores, fabricantes e detentores de títulos de dívida, que aceitaram converter parte dos débitos em ações da Azul. Com isso, além da redução expressiva das obrigações financeiras, a empresa conseguiu um aumento no caixa, tendo mais segurança para operar.

 

“Concluímos ontem o processo de reestruturação financeira da Azul Linhas Aéreas Brasileiras iniciado em 2024, eliminando R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações e recebendo R$ 3,1 bilhões em novo capital. Foi um dia importante e extremamente simbólico, pois vai trazer mais estabilidade para o nosso negócio e contribuir para alavancar a Azul para um novo patamar”, escreveu o CEO da Azul, John Rodgerson.

Reestruturação

 

Diante da situação financeira delicada enfrentada ainda pelos efeitos da pandemia, a Azul precisou renegociar dívida, transformando parte das dívidas em 94 milhões de novas ações e melhorando as condições para fazer pagamentos futuros. Além disso, os recursos captados permitirão a quitação de compromissos anteriores, para auxiliar a saúde financeira da companhia.

 

Com essas mudanças, a Azul reduziu sua alavancagem – ou seja, sua dependência de dívidas – de 4,8x para 3,4x, isso diminui os riscos financeiros e possibilita um melhor planejamento para o futuro dela. A empresa também espera reduzir os custos com juros em cerca de R$ 1 bilhão por ano.

Possível fusão da Gol com a Azul

 

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, CEO da Azul disse que a conclusão da reestruturação era essencial para o futuro da empresa, independentemente de haver ou não a possível fusão com a Gol.

 

“Eu tenho de ter um plano só Azul. A Gol tem de ter um plano só Gol. E é isso que está acontecendo. Mas eu acredito que a consolidação é a melhor maneira de acelerar o crescimento da indústria”, explicou.

 

Em contrapartida, o CEO da Latam, Jerome Cadier, disse recentemente que fusão entre Gol e Azul não é solução ideal.

“O problema é com o acionista, não com a empresa em si, como às vezes se passa a impressão. E a solução para problemas de dívida não é necessariamente uma fusão, né? A meu ver, você resolve isso com reestruturação. Seja através de um Chapter 11 (espécie de recuperação judicial nos EUA), como a Gol, seja através da reestruturação que a Azul vem fazendo”, explicou à coluna Capital, do jornal O Globo.

Passageiros e investidores

 

Diante do anúncio, a Azul também divulgou que segue como uma das companhias mais pontuais do mundo e reforça seu compromisso com a experiência do cliente.

 

Para os passageiros, a reestruturação é importante para dar mais segurança operacional e continuidade nos investimentos em serviço e modernização da frota. Já para investidores, a medida representa uma empresa com menos dívidas e maior capacidade de crescimento.





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