A obra começou na última quarta-feira (19) e deve ser concluída até o fim da próxima semana. O artista aproveitou a estrutura de andaimes usada na pintura de Helena Meireles para iniciar o novo trabalho. “Foi uma oportunidade de continuar o projeto. Já estava tudo montado, então comecei Manoel logo em seguida”, explica Rezende.

 

Diferente do estilo abstrato usado em Helena, o rosto de Manoel será mais figurativo e com detalhes marcantes. “A Helena não tem muito traço definido, é o cérebro que interpreta o rosto. Já Manoel é mais preciso, com olhos, boca e expressões aparentes. É outra proposta”, afirma o artista.

 

Embora ainda inacabada, a obra já revela a figura do poeta por meio dos traços visíveis, mesmo antes da aplicação completa das cores. O mural terá tons mais sóbrios, com azul, verde e amarelo predominando, em contraste com as cores quentes usadas no mural anterior.

 

 

Marcos destaca a importância de levar arte para o espaço público e o impacto que isso tem nas pessoas. “É fantástico! As pessoas passam, observam o processo e já interagem. Isso aqui é só o começo. Tenho ideias para esculturas e outras intervenções pela 14. Lá de cima do andaime vejo o potencial que a cidade tem. Só falta incentivo, mais editais para os artistas mostrarem seu trabalho”, aponta.

 

O artista também ressalta o papel da arte urbana em criar conexões e memórias. “A gente, como artista, quer trazer sentimento e alegria. Queremos que as pessoas se sintam parte do espaço, que lembrem de algo do passado ou criem novas memórias.”