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Março Lilás reforça diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero


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  • mell280

25/03/2025 09h29

Março Lilás reforça diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero

assessoria


 

Prevenção e detecção precoce são essenciais para salvar vidas

O câncer do colo do útero permanece como uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 17.010 novos casos, com uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos por 100 mil mulheres. Durante o Março Lilás, campanhas de conscientização reforçam a importância dos exames preventivos e do acesso a tratamentos modernos.

Em Uberlândia, a oncologista do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, Dra. Nathália Naves, destaca avanços no diagnóstico e no combate à doença.? O principal fator de risco para o câncer do colo do útero é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido principalmente por via sexual. Medidas preventivas, como a vacinação e o exame de Papanicolau, são altamente eficazes na redução da incidência e mortalidade da doença.?

Prevenção - A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a médica ressalta que a vacina pode ser administrada em qualquer idade, oferecendo proteção mesmo para quem já iniciou a vida sexual. Esclarecer essas questões é fundamental para ampliar a adesão à vacinação e reduzir os casos da doença.?

Além da vacinação, o exame preventivo (conhecido como Papanicolau) deve ser realizado periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual. Esse exame é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, impedindo a evolução para o câncer.? De acordo com a médica, a prevenção e os exames de rastreio são fundamentais para aumentar as chances de reversão. "Quando detectado precocemente, o câncer de colo de útero tem altas taxas de cura", explica Dra. Nathália.

Câncer em mulheres jovens - Diferente de outros cânceres ginecológicos, como os de ovário e endométrio, que são mais comuns em mulheres acima dos 60 anos, o câncer de colo de útero afeta mulheres mais jovens, muitas vezes em idade produtiva. Dra. Nathália destaca que o estilo de vida também influencia no risco de desenvolver a doença. Sedentarismo, obesidade, consumo de alimentos ultraprocessados, ingestão de álcool e estresse são fatores que podem comprometer a imunidade e aumentar as chances de câncer.

A médica chama atenção ainda para a sobrecarga enfrentada por muitas mulheres, especialmente aquelas com filhos pequenos e dupla jornada de trabalho. "Muitas mulheres cuidam da casa, dos filhos, do marido e deixam de cuidar de si mesmas. Elas adiam os exames, não têm tempo para praticar atividade física ou se alimentar adequadamente. É um desafio enorme conciliar tudo isso", afirma.

Desmistificando a culpa e o estigma - A médica também aborda o sentimento de culpa e vergonha que muitas pacientes enfrentam ao receber o diagnóstico de câncer de colo de útero. "Muitas mulheres associam a doença a comportamentos passados ou à falta de cuidado, mas é importante lembrar que o câncer não é uma escolha. Há 20 anos, não tínhamos tanta informação sobre prevenção e vacinação como temos hoje. Precisamos acolher essas mulheres e desconstruir esse estigma", afirma.

Dra. Nathália reforça que a informação é a melhor ferramenta para combater o câncer de colo de útero. "Precisamos falar sobre a importância da vacinação, dos exames de rotina e de um estilo de vida saudável. Mas também é essencial olhar para a realidade de cada mulher e oferecer soluções que sejam viáveis dentro do seu contexto de vida", conclui.

Com campanhas como o Março Lilás, a esperança é que mais mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, reduzindo os índices de mortalidade e promovendo uma maior consciência sobre a importância dos cuidados com a saúde feminina.


 


 
 
 




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