- mell280
21/05/2025 08h36
Como preparar sua empresa para o novo cenário de importação com a DUIMP
Organizar catálogo de produtos, garantir a integração de sistemas, automatizar etapas e capacitar as equipes devem ser as prioridades para evitar multas, atrasos e gargalos operacionais, aponta executivo da Asia Shipping
A Declaração Única de Importação (DUIMP), novo modelo para operações de importação no Brasil, já está em fase de implementação e vem mudando de forma definitiva a rotina dos operadores de comércio exterior, ao exigir um novo nível de organização, precisão e integração de dados por parte desses negócios. E neste cenário – pautado pela digitalização, padronização e maior controle aduaneiro - empresas que se anteciparem à migração saem à frente, evitando gargalos, penalidades e prejuízos operacionais, conforme explica Alexandre Pimenta, CEO da Asia Shipping.
“A DUIMP não é apenas uma mudança técnica, é uma mudança estrutural e necessária, uma transformação cultural na forma como o Brasil trata as importações. Mais do que adaptar sistemas, ela exige um novo olhar sobre os processos. Quem se preparar agora terá uma transição mais suave, com ganhos de eficiência e segurança, premissas fundamentais aos negócios que atuam no dinâmico e acirrado setor de comex”, afirma o executivo da maior integradora logística da América Latina.
O que muda com a DUIMP e como se preparar
Integrando diferentes etapas do processo de importação em um único registro eletrônico, a DUIMP passa a substituir a tradicional Declaração de Importação (DI). Implementada em fases e seguindo um cronograma determinado pelo Governo Federal, um dos maiores desafios da nova declaração é a obrigatoriedade do Catálogo de Produtos, que demanda um alto nível de detalhamento e estruturação dos dados.
Para garantir a conformidade e eficiência na transição para a DUIMP, o executivo da Asia Shipping aponta que as empresas devem seguir uma série de boas práticas, dentre elas, estruturar o catálogo de produtos - cadastrando individualmente cada item sob a categorização correta. Revisar os códigos de organização e classificação de produtos (seguindo a NCM, ou Nomenclatura Comum do Mercosul) exigidos pela Receita Federal; aderir a tecnologias que ajudem a automatizar etapas e a integração de sistemas; assim como investir em treinamentos e capacitação da equipe, devem também estar entre as prioridades.
“O Catálogo de Produtos é o coração da DUIMP. Um erro na classificação fiscal ou na descrição de atributos pode paralisar a importação ou gerar multas significativas”, explica Pimenta. “Por isso, orientamos nossos clientes a iniciarem o mapeamento dos produtos com base no histórico de importações, considerando as declarações dos últimos dois anos, e priorizarem os SKUs mais recorrentes. A organização da base de dados, a revisão da classificação fiscal e a auditoria cruzada são passos críticos para garantir o sucesso da migração”, destaca.
A tecnologia como aliada
Para apoiar os operadores de comex nesse processo, assim como nas próximas etapas da DUIMP, previstas para entrar em vigor até o final de 2025, Pimenta conta que a Asia Shipping aposta na tecnologia como pilar da conformidade. A empresa adquiriu recentemente a plataforma em nuvem, baseada em inteligência artificial, Dati, que já se encontra disponível na versão 4.0.
Além de automatizar 87% das etapas na rotina de importação, fornecendo insights que podem fazer a diferença para a tomada de decisões em diversos cenários, a solução é composta por micromódulos que fazem a integração direta com o Portal Único, facilitando a organização do Catálogo de Produtos e garantindo a atualização constante das informações.
“A Dati atua como um cérebro digital das rotinas operacionais. Com ela, conseguimos analisar os dados históricos, priorizar os itens mais críticos e garantir a integração em tempo real com os sistemas do governo”, afirma Pimenta. “É uma ferramenta essencial para empresas que operam com alto volume ou lidam com múltiplas filiais e CNPJs distintos”, conclui.