- mell280
07/07/2025 16h08 - Atualizado em 08/07/2025 06h38
Onde investir em 2025: Confira as 5 oportunidades para investidores
Entenda o cenário econômico atual e saiba quais são as melhores opções para diversificar seus investimentos neste ano
O mundo dos investimentos enfrentou incertezas no primeiro semestre de 2025. Fatores como inflação e juros impactaram as estratégias dos investidores brasileiros, além da volatilidade em mercados internacionais.
Mesmo assim, a expectativa é positiva: quatro milhões de novos investidores devem entrar no mercado ao longo do ano, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) em parceria com o Datafolha.
Diante desse cenário, a Hurst Capital, especialista em investimentos alternativos, divulgou um relatório que serve como um guia para investidores. O documento traça um panorama do primeiro semestre e indica as melhores práticas para os próximos meses.
Desafios econômicos marcaram o primeiro semestre
Os primeiros meses de 2025 trouxeram desafios para os investidores. A inflação acumulada chegou a 5,4%, impulsionada por reajustes em serviços, alta da energia e flutuações cambiais. Por isso, a taxa Selic permaneceu elevada, alcançando 15% para conter pressões inflacionárias.
Além disso, a Bolsa apresentou instabilidade devido a um cenário político incerto e à falta de estímulos econômicos. O fluxo de capital estrangeiro ficou abaixo da média, enquanto investidores locais adotaram uma postura defensiva, com os setores de varejo e construção civil sendo os mais afetados.
Na renda fixa, apesar dos juros altos proporcionarem um retorno bruto expressivo, os ganhos reais foram limitados pela inflação e pelo Imposto de Renda. Produtos como Tesouro Selic, CDBs e LCIs ganharam espaço, ainda que com menor liquidez.
Dessa forma, cresceu a busca por diversificação, refletindo uma mudança na mentalidade dos investidores, que passaram a considerar ativos com maior risco, mas com potencial para ganhos superiores.
Perspectivas para o segundo semestre
O cenário segue com obstáculos, com inflação elevada, juros altos e crescimento moderado, mas ainda há oportunidades estratégicas para investidores atentos às mudanças do mercado.
O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer entre 2,0% e 2,4%, sustentado pelo agronegócio, exportações e investimentos em infraestrutura. No entanto, o consumo interno permanece enfraquecido, pressionado pelos juros altos e pelo endividamento das famílias.
Segundo projeções, a Selic deve se manter elevada até 2026, mantendo o crédito caro e afetando investimentos e consumo. Por outro lado, essa situação torna a renda fixa atrativa para o mercado.
Os principais riscos para o segundo semestre envolvem a variação cambial, o preço do petróleo e o desempenho do setor de serviços. A inflação deve permanecer alta, embora em níveis menores.
Setores como energia renovável, logística e tecnologia aplicada tendem a ganhar espaço, sobretudo com programas como o Novo PAC, abrindo oportunidades para investimentos em renda fixa e ativos reais.
Onde investir em 2025?
Entre desafios e oportunidades, algumas opções de investimentos se destacam para o segundo semestre, conforme análise da Hurst Capital:
- Renda fixa: continua sendo uma alternativa segura. O Tesouro IPCA+ protege contra a inflação, garantindo retorno real com a segurança do governo. CDBs de bancos médios oferecem maior rendimento, e debêntures incentivadas se destacam pela isenção de imposto de renda para pessoa física.
- Ativos alternativos: com rentabilidade real e maior previsibilidade, precatórios e RPVs têm prazos curtos e risco jurídico controlado. Royalties musicais são estáveis, e investimentos em dólar protegem contra variações cambiais. A Hurst Capital é referência nesse segmento na América Latina.
- Fundos imobiliários: continuam atraentes para quem busca renda passiva mensal isenta de IR. Fundos de CRIs oferecem fluxo previsível e proteção contra a inflação, enquanto fundos de tijolo logístico e híbridos combinam contratos longos com gestão flexível.
- Ações de valor na bolsa: setores como agronegócio e exportação são mais resilientes e apresentam potencial de valorização. Utilities oferecem dividendos estáveis, e small caps podem render no longo prazo.
- Investimentos internacionais: dolarizar parte do portfólio ajuda a evitar riscos locais. ETFs globais e BDRs dão acesso a mercados internacionais com baixo custo. Fundos cambiais e multimercado offshore protegem contra variações domésticas e ampliam a diversificação.
Dicas para investir segundo cada perfil
Especialistas da Hurst Capital destacam que as estratégias devem ser adaptadas ao perfil do investidor:
- Conservador: prioriza a preservação de capital e baixo risco. A maior parte do portfólio deve estar em renda fixa, com uma parcela menor em ativos alternativos e fundos imobiliários, buscando retornos mais estáveis e previsíveis.
- Moderado: busca equilíbrio entre segurança e retorno real, diversificando entre renda fixa, fundos imobiliários, ações e investimentos internacionais. Está disposto a tolerar alguma volatilidade para ganhos maiores no médio e longo prazo.
- Arrojado: assume riscos maiores para aumentar o patrimônio, com peso maior em ativos alternativos e bolsa, e menor em renda fixa. Normalmente, possui experiência para lidar com a volatilidade e aproveitar oportunidades.
A quantidade de ativos em cada categoria depende da estratégia de cada investidor. Em geral, o sucesso em 2025 vai depender da capacidade de adaptação ao mercado e de como lidar com os desafios que ainda estão por vir.
