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Usina sucroalcooleira adia instalação de nova unidade em MS


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14/07/2025 10h50

Usina sucroalcooleira adia instalação de nova unidade em MS

Sem previsão de retomada, Usina Coruripe adia novas unidades devido à "alta dos juros"

Por Mylena Fraiha


 A Usina Coruripe irá adiar a construção de uma nova unidade em Mato Grosso do Sul. A nova etapa de expansão previa a instalação da planta no município de Paranaíba, a 408 km de Campo Grande, e outra na cidade de União de Minas (MG), com aporte de R$ 600 milhões por usina. A suspensão foi confirmada nesta segunda-feira (14).

 
 
Ao Campo Grande News, a assessoria da Coruripe informou que os projetos não foram cancelados, apenas adiados em razão do atual cenário econômico brasileiro. “Foram adiados devido às altas taxas de juros atualmente praticadas no Brasil. A meta é retomar esses projetos quando o cenário macroeconômico ficar mais favorável”, informou a empresa, sem apresentar uma previsão de retomada.
 
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da companhia, Mario Lorencatto, afirmou que, com os juros elevados, a prioridade passou a ser o controle da dívida líquida da empresa, atualmente em R$ 3,75 bilhões. Segundo ele, “cerca de 80% do caixa operacional vai para o serviço da dívida. Com juros reais próximos de 20%, fica difícil garantir retorno em commodities”.
 
Ainda de acordo com Lorencatto, a Coruripe recomprou, neste ano, US$ 300 milhões em títulos de dívida e planeja emitir, até o fim de 2025, um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) como parte da estratégia de reequilíbrio financeiro.
 
 
A decisão de adiar os investimentos ocorre em um momento de leve retração nos indicadores operacionais da companhia. Apesar da receita líquida recorde de R$ 4,8 bilhões na safra 2024/25, a moagem caiu 3%, totalizando 15,8 milhões de toneladas de cana, e a produção de açúcar recuou 7%, fechando em 1,15 milhão de toneladas.
 
Mesmo com a queda no preço do açúcar no mercado internacional, a empresa informou que não há preocupação. A Coruripe fixou 75% da produção prevista para a safra 2025/26 com preços entre R$ 2.700 e R$ 2.800 por tonelada, valores superiores à média atual de R$ 2.000.
 
A qualidade da matéria-prima também deve elevar a participação do açúcar no mix de produção, passando de 65% para 70%, o que deve resultar em uma leve queda da receita, estimada em R$ 4,7 bilhões.
 
 
 




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