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Paralimpíadas Escolares de MS garante inclusão e visibilidade para pessoas com deficiência


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14/07/2025 14h11

Paralimpíadas Escolares de MS garante inclusão e visibilidade para pessoas com deficiência

Bel Manvailer, Comunicação Setesc


 Com o objetivo de desenvolver o paradesporto entre crianças e adolescentes em idade escolar, Campo Grande sediou, no último fim de semana, de 11 a 13 de julho, a 14ª edição das Paraesc (Paralimpíadas Escolares de Mato Grosso do Sul), o maior evento estudantil de paradesporto do Estado. 

 

As Paraesc são realizadas pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura). A competição fomentou a prática esportiva entre estudantes com deficiência física, intelectual ou visual, promovendo a inclusão e revelando novos talentos do esporte paralímpico escolar.

A edição deste ano bateu recorde de participação, com representantes de 17 municípios. Foram disputadas quatro modalidades: atletismo, bocha, tênis de mesa e badminton.

Além de incentivar a formação de novos atletas, as Paraesc também funcionam como etapa classificatória para a fase nacional das Paralimpíadas Escolares, que será realizada em São Paulo, de 17 a 22 e de 24 a 29 de novembro. A expectativa é que Mato Grosso do Sul participe da competição nacional em nove modalidades.

Na cerimônia de abertura, o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, salientou a importância das Paraesc como instrumento de transformação social por meio do esporte.

“Nós acreditamos, e sempre repetimos, que o esporte é um poderoso instrumento de transformação de vidas. Toda essa estrutura foi preparada com muito carinho para que, além da seleção dos nossos melhores atletas paralímpicos rumo à etapa nacional, vocês possam viver uma experiência feliz, autêntica, que fortaleça sua cidadania e sua autonomia. Queremos que o esporte seja, para cada um de vocês, um caminho de liberdade e de conquista”.

O diretor-presidente da Fundesporte, Paulo Ricardo Nuñez, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a inclusão e o fortalecimento das políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência.

“Não é simples organizar um evento como este, cada detalhe é planejado com cuidado para que vocês vivam momentos de alegria, que vão além da competição. E essa competição é ainda mais importante porque define os atletas que representarão nosso Estado nos Jogos Nacionais. Hoje, somos o quinto melhor Estado do Brasil nas Paralimpíadas Nacionais. Um feito grandioso para Mato Grosso do Sul, que tem apenas 79 municípios, competindo com Estados que têm mais de 150. Essa conquista mostra a força do trabalho dos professores e o empenho de vocês, atletas”, enfatizou Paulo.

Segundo o diretor de Gestão de Políticas de Excelência e Capacitação Esportiva da Fundesporte, Leandro Fonseca, o evento representa uma grande conquista para o paradesporto no Mato Grosso do Sul.

“Essa é, sem dúvida, a maior edição das Paralimpíadas Escolares de Mato Grosso do Sul. Este ano, contamos com a participação de 17 municípios, um salto significativo se compararmos com os 11 de apenas dois anos atrás. Vale lembrar que as Paralímpiadas são fruto de um projeto importante, o Prodesc (Programa MS Desporto Escolar), que permite que professores capacitados levem o paradesporto para dentro das escolas. Isso é um diferencial, e Mato Grosso do Sul tem feito diferente e feito bem. É por isso que temos conquistado excelentes resultados em nível nacional”, frisou Leandro.

Atletas destaques

Entre os destaques está o estudante-atleta Kauê Aparecido Moraes, de 16 anos, de Campo Grande. Competidor da bocha paralímpica em cadeira de rodas, ele conquistou a medalha de ouro na (classe BC2). Com quatro anos de experiência na modalidade, Kauê ressalta a importância das Paralimpíadas Escolares como um espaço de inclusão e valorização do esporte paralímpico.

“Eu acho que o mais importante é o sentimento de inclusão. Às vezes, no dia a dia percebemos que somos diferentes das outras pessoas. Nesse ambiente, com outras pessoas que têm alguma deficiência, nos sentimos incluídos, em casa, vamos dizer assim. A inclusão, incentiva, é muito legal. Eu comecei a conhecer os esportes paralímpicos quando eu tinha quatro anos de idade, começamos a treinar, a fazer vários esportes, mas eu conheci a bocha e me apaixonei de cara. Porque a bocha é um esporte mais tático, ela não depende muito de força física, entendeu? E eu, gosto dos esportes assim, mais táticos, mais pensados, mais trabalhados”.

Kauê ainda mencionou sua trajetória e conquistas:

“Em abril, eu competi no Campeonato Brasileiro de Jovens, fui campeão, lá é um nível totalmente diferente, mais alto assim, mas estávamos preparados, nosso nível técnico estava em cima e a gente conseguiu levar o ouro. A seleção de base funciona por méritos, os atletas que estavam na seleção de base já não tem mais idade para estar lá. Em questão de competições, eu sou o atleta que mais se destacou. Então eu sou o atleta que mais tem chance de ser convocado. Não é nada confirmado, mas eu estou esperançoso, inclusive em agosto sairá a convocação”.

Luiz Guilherme de Lima, de 11 anos, natural de Dourados, conquistou a medalha de ouro no tênis de mesa, na (classe 7-8):

“O tênis de mesa é o único esporte que posso praticar por causa da deficiência no meu pé. Não consigo fazer muitos esportes, nem correr muito, nem ficar muito tempo em pé, senão meu pé começa a doer. Muitas pessoas me incentivaram. Minha família inteira estava torcendo para eu ganhar a medalha de primeiro lugar e ir para São Paulo e eu ganhei a medalha, vou para São Paulo. O tênis de mesa me ajuda muito: faço muitos novos amigos nos treinos e, desde que comecei a praticar, fiquei mais rápido, mais ágil. Melhorei muito”, ressaltou o estudante-atleta.

Higor Assis, 40 anos, técnico de atletismo em Aquidauana, atua há sete anos como técnico e salienta que as Paralimpíadas Escolares servem para a valorização e reconhecimento do potencial dos estudantes-atletas.

“Os Jogos abrem espaço para que nossos atletas se destaquem e provem que podem e querem participar. É uma oportunidade de dar visibilidade ao talento deles e de mostrar que a inclusão é possível e necessária. O impacto do esporte na vida desses atletas é imenso. Além de promover a socialização, melhora na saúde física, mental e emocional. Muitas famílias têm receio de inserir seus filhos em atividades esportivas, mas, quando veem os resultados, percebem a importância. Aqui, todos se sentem iguais”.

Confira o resultado completo:

Boletim 4 – Paralimpíadas Escolares 2025

 

 




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