Noivos que de cara chamam atenção são Tayana de Assis Shimabuco, 38, e Elder de Souza Silva, 39. Ela: de vestido verde claro. Ele: de gravata verde.

 

A cor não tem significado para o casal. Foi a escolha da noiva, que não conseguiu encontrar o vestido branco ideal a tempo, mas se encaixou perfeitamente no que está vestindo hoje.

 

 

Noiva rompeu tradição do branco e noivo acompanhou na cor da gravata, entendendo que a benção recebida é o mais importante (Foto: Juliano Almeida)

"Foi muito difícil achar um branco como eu queria. Quando vi esse, e eu gosto dessa cor, eu achei bonito e falei assim: por que não? Para mim, o mais importante é receber a bênção de Deus e eu me sentir noiva. Eu me sinto bem assim. Está sendo especial", diz emocionada. O noivo quis uma gravata verde para combinar.

Tayana é analista administrativa e Elder trabalha na área da publicidade. Os dois são casados no civil desde 2010 e estão juntos há 16 anos. O compromisso religioso era o que faltava para eles se firmarem como um par.

 

"Naquela época, não era importante para nós. Hoje em dia, a gente frequenta a igreja, busca ter essa comunhão com Deus e isso estava nos fazendo muita falta. A gente fica emocionado porque é no tempo de Deus. Deus prepara tanto tempo. Este é o momento. Deus nos preparou muito nesses anos para recebermos a bênção hoje", pensa a noiva.

 

Legitimar - O padre e reitor do santuário, Reginaldo Padilha, explica que a igreja celebra em grupo a legitimação matrimonial da união de cada casal.

 

 

 

O padre Reginaldo Padilha, com a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de fundo (Foto: Juliano Almeida)

"Eles estão realizando não somente o sonho de se casar na igreja, mas de fazer com que o sacramento do matrimônio seja um valor verdadeiro na vida deles. A legitimação matrimonial é para quem já tem uma vivência juntos, é diferente do que é para quem está se conhecendo", descreve.

 

O Perpétuo Socorro está entre as igrejas mais procuradas para casamentos em Campo Grande. Segundo Reginaldo, isso se deve principalmente à famosa novena realizada todas as quartas-feiras. "É uma igreja onde passam muitas pessoas, de 25 a 30 mil toda semana", acrescenta.

 

O próximo casamento coletivo será realizado em dezembro. O padre relata que o momento enche o santuário de pessoas emocionadas com a celebração do amor. "É sempre uma alegria perceber o carinho, o amor. Muitas famílias sonham com isso, muitas já com seus filhos", finaliza.

 

 

Exemplo - O motivo que levou o casal Jane Ruiz, 54, e Luiz Clarício Dias, 51, a procurar a celebração tardia é especial. Eles querem ser exemplo para os dois netos criados como filhos.

 

Radiantes, Jane Ruiz e Luiz Dias selam a união de 9 anos (Foto: Juliano Almeida)

"Somos católicos e frequentamos a igreja. Ficamos sabendo do casamento coletivo aqui e fomos atrás de conseguir a consagração", diz Jane.

 

Professora e pintor, os noivos estão juntos há nove anos. Será madrinha do casal a prima de Jane, Márcia Franco, 55. "Somos amigas desde a infância. Uma acompanha a vida da outra e foi muito importante receber esse convite", relata.

 

 

Casal carioca - Os militares Jéssica de Melo Gomes, 32, e Rodrigo Pedroso de Oliveira Gomes, 31, se conheceram no interior do Rio de Janeiro e estão unidos há 11 anos.

 

Rodrigo beija Jéssica no altar: união começou no RJ e foi sacramentada em MS (Foto: Juliano Almeida)

Os dois foram transferidos para Mato Grosso do Sul há seis anos. Chegaram ao altar também em busca de sacramentar o amor de tanto tempo.

 

Ontem (1º), eles se casaram no cartório. "O que já foi bem emocionante", diz Jéssica. O combo de emoções está sendo fechado hoje pelo casal, entre lágrimas e sorrisos.

 

Confira trechos do evento na igreja: