- mell280
19/09/2025 12h15
Manaus aumenta importações de insumos para suas fábricas e projeta expansão da produção no segundo semestre de 2025
Antecipação de compras de insumos para suas linhas de produção é uma estratégia
que as empresas da ZFM estão adotando para evitar impactos da estiagem nos rios da região
O Polo Industrial de Manaus (PIM) está antecipando a importação de insumos para suas linhas de produção para atender à demanda dos consumidores brasileiros e evitar impactos da estiagem nos rios amazônicos, como ocorreu em maior escala em 2023 e 2024. Segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), a iniciativa é um indicador importante de que o faturamento do segundo semestre deverá ser muito positivo.
No primeiro semestre, a ZFM já havia atingido um faturamento acumulado de R$ 99 bilhões, uma elevação de quase 14% sobre o mesmo período de 2024. A previsão de faturamento para a região em 2025 é de até R$ 240 bilhões, com crescimento impulsionado por setores como motocicletas, eletroeletrônicos, ar-condicionado e plásticos. Se confirmado, esse volume representará uma alta de quase 18% sobre o no passado.
De acordo com os dados mais atuais, a maior alta nas importações ocorreu no mês de julho, segundo o Painel Econômico do Amazonas (PEA), levantamento mensal do CIEAM. O estudo aponta uma alta de 27% nas importações em julho, que somaram quase US$ 1,4 bilhão. “O setor industrial demonstra capacidade de adaptação, assegurando cadeias produtivas mesmo diante de riscos logísticos. Esse movimento reforça a confiança no desempenho do segundo semestre”, afirma André Ricardo Costa, Coordenador de Indicadores do CIEAM.
Confiança empresarial acima da média nacional
A oitava edição do ICEI-AM (Índice de Confiança do Empresário Industrial no Amazonas) marcou 61,48 pontos em julho, retomando a faixa de otimismo após sinais de arrefecimento nos meses anteriores. No mesmo período, o índice nacional apurado pela CNI foi de 46,1 pontos. Segundo o CIEAM, a diferença demonstra que fatores locais – como a retomada das importações, o aquecimento do setor de serviços e a estabilidade logística – têm sustentado a confiança dos empresários amazonenses, em contraste com as preocupações de ordem externa que impactam mais diretamente o restante do país.
“Esses dados revelam a capacidade do Amazonas de sustentar seu ciclo econômico. O Polo Industrial, aliado à força dos serviços e ao otimismo do empresariado, projeta para o estado um segundo semestre de expansão e fortalecimento da atividade econômica”, conclui André Ricardo Costa, Coordenador de Indicadores do CIEAM.
Sobre o PEA
O Painel Econômico do Amazonas é uma análise da conjuntura econômica do Amazonas elaborada mensalmente pelo CIEAM com base em informações públicas de instituições como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo, além de utilizar dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O principal dado disponível para análise é o IBCR-AM, número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro. O Banco Central compõe o IBCR-AM pelos resultados das pesquisas mensais efetuadas pelo IBGE, incluindo os principais setores da economia: Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária.
Sobre o CIEAM
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Encerrou 2024 com um faturamento de R$ 204 bilhões.
