13/10/2025 12h44
Dólar recua com menor pressão externa e atenção ao ajuste fiscal
Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas
O mercado de câmbio inicia a semana sob o impacto dos acontecimentos do fim de semana, com o dólar operando em alta e cotado a R$ 5,5220 frente ao real. O cenário segue influenciado tanto por fatores externos quanto internos, em um ambiente de maior cautela dos investidores.
No Brasil, as atenções se voltam novamente para o quadro fiscal. As dificuldades do governo em avançar com medidas de ajuste e a crescente percepção de risco nas contas públicas voltaram ao debate no fim de semana, o que reforça o sentimento de incerteza. Esse fator tende a pressionar a moeda brasileira, uma vez que o investidor estrangeiro exige maior prêmio de risco para permanecer no país.
No cenário internacional, as tensões geopolíticas e os desdobramentos das negociações comerciais entre grandes economias, como Estados Unidos e China, também pesam sobre o humor dos mercados. Além disso, falas recentes de autoridades do Federal Reserve mantêm viva a expectativa sobre os próximos passos da política monetária norte-americana, o que influencia diretamente o comportamento do dólar em escala global.
Internamente, o mercado acompanha de perto as possíveis atuações do Banco Central, que pode realizar leilões ou operações de swap para conter movimentos mais bruscos no câmbio. O fluxo cambial negativo observado nas últimas semanas também preocupa, refletindo maior saída de recursos e pressionando a cotação da moeda norte-americana.
Com esse pano de fundo, a segunda-feira começa com o dólar sustentado em R$ 5,52, refletindo um ambiente de aversão ao risco e de busca por ativos mais seguros. O dia deve seguir marcado por volatilidade, à medida que investidores aguardam novos indicadores econômicos e eventuais sinalizações do governo e do Banco Central sobre o rumo da política fiscal e monetária.
Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas
O mercado do ouro inicia a semana em leve alta, acompanhando a cautela global e a valorização do dólar frente a outras moedas. No início desta segunda-feira, o metal precioso é negociado a US$ 4.095,80 por onça troy no mercado internacional, enquanto no Brasil o preço alcança cerca de R$ 22.582,89 por onça, o que representa uma variação positiva de aproximadamente 0,48% no dia. O grama do ouro 24 quilates é cotado em torno de R$ 726,06.
O movimento reflete a busca dos investidores por ativos de proteção em meio às incertezas que marcam o cenário econômico global. As tensões geopolíticas e as preocupações com o ritmo de crescimento das principais economias mantêm o ouro como um importante porto seguro. Ao mesmo tempo, o mercado acompanha de perto as sinalizações do Federal Reserve, já que a expectativa em torno dos próximos passos da política monetária norte-americana influencia diretamente o comportamento do metal.
Com o dólar mais forte, parte dos investidores opta por posições defensivas, o que sustenta os preços do ouro. No entanto, as taxas de juros elevadas nos Estados Unidos seguem limitando ganhos mais expressivos, uma vez que o ouro não oferece rendimentos e tende a perder atratividade em ambientes de juros altos.
No Brasil, o avanço do dólar contribui para valorizar ainda mais o ouro em reais, reforçando seu papel de proteção cambial e reserva de valor. O dia deve ser marcado por leve volatilidade, com o mercado à espera de novos indicadores econômicos e de possíveis declarações de autoridades monetárias que possam sinalizar o rumo da política de juros global.
Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.
Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.
Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais