O mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) segue em expansão no Brasil, e os números mais recentes confirmam essa trajetória. Até a metade deste ano, o patrimônio líquido dos FIDCs atingiu R$ 687,39 bilhões, com captação líquida de R$ 22,45 bilhões em junho. O desempenho é expressivo e mostra que, mesmo em um ambiente de juros altos e incertezas macroeconômicas, o investidor brasileiro continua priorizando instrumentos de renda fixa com lastro real e retorno ajustado ao risco. Dentro desse contexto, o mercado de consórcios tem ganhado protagonismo como uma das frentes mais dinâmicas do crédito privado. Nos primeiros 5 meses de 2025, foram vendidas mais de 2 milhões de cotas de consórcio, o que representa um avanço de 19,7% em relação ao mesmo período de 2024, movimentando R$ 186,5 bilhões em créditos contratados. A combinação de crescimento sustentável e ambiente regulatório maduro, sob supervisão do Banco Central, abriu espaço para que o segmento passasse a integrar a carteira de ativos estruturados de grandes gestoras.

       É nesse cenário que a Rio Bravo Investimentos avança com sua nova emissão do FIDC Rio Bravo Inlira Stefanini Consórcio, captando R$ 80 milhões e elevando o volume total do fundo para R$ 230 milhões, menos de 1 ano após sua criação, em dezembro de 2024, quando estreou com R$ 50 milhões. O veículo compra cotas canceladas de consórcio de diversos bens duráveis que deixaram de ser pagas pelos consorciados. A Mezzus, antiga BRBB, é consultora do fundo e responsável pela originação de recebíveis no atacado, e a Inlira, do Grupo Stefanini, também consultora e focada na compra dos recebíveis diretamente com clientes de consórcio.

       A operação foi dividida entre R$ 70 milhões em cotas sênior e R$ 10 milhões em cotas mezanino, reforçando o amadurecimento da tese e o interesse institucional pelo produto. As cotas sênior representam a parcela mais segura da estrutura do FIDC: têm prioridade no recebimento de rendimentos e amortizações, além de serem direcionadas a investidores institucionais com perfil conservador, que buscam retorno previsível e menor risco. Já as cotas mezanino funcionam como uma camada intermediária de risco e retorno, ficam abaixo das sênior na ordem de pagamento. Por assumirem parte do risco da estrutura, tendem a oferecer rentabilidade maior. Essa divisão é o que dá solidez ao fundo, equilibrando segurança para o investidor sênior e atratividade para quem busca ganhos mais elevados. A estratégia de FIDCs da Rio Bravo, que também inclui operações no agronegócio, alcança agora R$ 230 milhões, e a plataforma de crédito da gestora ultrapassa R$ 1,1 bilhão em recursos sob gestão. “A força da tese de consórcio está na sua previsibilidade, pulverização e compatibilidade com a carteira de crédito estruturado, oferecendo perfil de risco mais controlado com rentabilidade atrativa”, explica Evandro Buccini, sócio e diretor de crédito da Rio Bravo.

       Com a nova emissão de R$ 80 milhões, o FIDC Consórcio da Rio Bravo consolida-se como um dos cases mais relevantes de crescimento acelerado entre os fundos lançados em 2024. A evolução de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões em menos de 12 meses é um indicativo de que a tese encontrou terreno fértil entre investidores profissionais. “Estamos construindo um alicerce sólido para que o consórcio deixe de ser apenas uma modalidade de aquisição e se torne um instrumento relevante de crédito estruturado. O objetivo é conectar a previsibilidade desse mercado com a sofisticação do crédito estruturado, entregando eficiência e segurança ao investidor”, conclui Buccini. A nova captação atraiu mais de 30 clientes institucionais.

       A evolução da gestora no segmento de FIDCs de consórcio representa mais do que uma expansão patrimonial: é um movimento estratégico de diversificação de riscos e ampliação da base de ativos lastreados em direitos creditórios com garantias reais. Diferente dos FIDCs tradicionais, baseados em recebíveis corporativos ou duplicatas, o modelo de consórcio opera com uma estrutura mais pulverizada e amparada por regras específicas do Banco Central, que conferem estabilidade à operação. Essa característica reduz o risco de concentração e permite melhor previsibilidade de fluxo, ainda que o mercado secundário de cotas de consórcio ainda seja incipiente. O crescimento das vendas de consórcios no país e o aumento da liquidez do setor apontam para uma nova fase de integração entre o sistema de consórcios e o mercado financeiro. O avanço tecnológico e a digitalização do processo de cessão de cotas têm contribuído para aproximar esses dois mundos, criando oportunidades de escala e eficiência.

Sobre a Rio Bravo Investimentos

https://www.riobravo.com.br/

Completando 25 anos desde a sua fundação, a Rio Bravo é uma das maiores gestoras independentes de investimento da América Latina e tem a missão de conectar o investidor ao mercado financeiro e de capitais. A empresa tem mais de R$ 13 bilhões em ativos sob gestão, distribuídos entre 40 fundos de investimento. Contando com a confiança de mais de 200 mil cotistas em seus fundos com foco em renda, a Rio Bravo atende desde grandes clientes institucionais, até pequenos e médios investidores pessoa física.

A trajetória da Rio Bravo inclui a movimentação de mais de R$ 15 bilhões em transações imobiliárias e conta com mais de R$ 1 bilhão em crédito sob gestão. Foi também pioneira em fundos imobiliários listados na B3. Além disso, atualmente, a gestora possui o único fundo de infraestrutura do Brasil com o selo de Investimento Sustentável da Anbima. 

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central do Brasil e um dos principais arquitetos do Plano Real, é um dos fundadores da Rio Bravo, juntamente com Paulo Bilyk, atual CEO e CIO e responsável por toda a estratégia de investimento da companhia. Com foco em atrair os melhores talentos do mercado, a companhia é reconhecida por sua transparência e resultados consistentes.