- mell280
28/10/2025 09h53
Mercado de câmbio mantém estabilidade e atenção à política monetária
Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas
O dólar opera com leve alta nesta terça-feira, 28 de outubro de 2025, sendo negociado em torno de R$ 5,39, após uma sessão de estabilidade na véspera. O movimento reflete um cenário de cautela dos investidores, que acompanham de perto o ambiente fiscal interno e as expectativas em relação à política monetária do Banco Central do Brasil. A manutenção da taxa Selic em 15% continua sendo um fator de sustentação para o real, pois mantém o diferencial de juros atrativo frente a outras economias, estimulando o fluxo de capitais estrangeiros.
No exterior, o dólar global apresenta comportamento misto, com o índice DXY oscilando próximo da estabilidade, em meio a dados econômicos dos Estados Unidos que reforçam a visão de que o Federal Reserve poderá manter juros elevados por mais tempo. Esse contexto contribui para limitar ganhos do real e de outras moedas emergentes, que seguem sensíveis às expectativas sobre os próximos passos da autoridade monetária americana.
Nos últimos dias, a cotação do dólar oscilou entre R$ 5,37 e R$ 5,41, demonstrando baixa volatilidade. Analistas destacam que, apesar da leve pressão de alta, o real tem mostrado resiliência frente ao ambiente externo mais neutro e à percepção de que o Brasil mantém fundamentos de curto prazo relativamente sólidos.
Para o médio prazo, a expectativa do mercado é de que o câmbio permaneça próximo do atual patamar, podendo encerrar o trimestre em torno de R$ 5,35, caso não haja novos choques externos ou deterioração do quadro fiscal doméstico. Contudo, especialistas alertam que movimentos bruscos não estão descartados, especialmente se houver surpresas na condução da política monetária norte-americana ou piora nas contas públicas brasileiras.
De forma geral, o mercado de câmbio inicia a semana com tom de estabilidade e prudência, refletindo tanto a falta de novos catalisadores quanto a expectativa de manutenção do equilíbrio entre o diferencial de juros brasileiro e o comportamento do dólar no exterior.
Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas
O ouro opera em leve baixa nesta terça-feira, 28 de outubro de 2025, sendo negociado próximo de US$ 3.900 por onça-troi, após recentes máximas históricas acima de US$ 4.300. O movimento de correção ocorre em meio à diminuição da procura por ativos de proteção, à medida que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China mostram sinais de alívio, reduzindo a pressão compradora sobre o metal. Além disso, as expectativas em torno da política monetária do Federal Reserve (Fed) continuam a influenciar o comportamento do ouro, já que possíveis mudanças nas taxas de juros norte-americanas podem afetar o apetite dos investidores por ativos sem rendimento, como o metal precioso.
Mesmo com a correção atual, o ouro acumula forte valorização no ano, superior a 50%, sustentado pela busca global por segurança diante de incertezas econômicas e geopolíticas. No entanto, analistas destacam que a quebra de suportes técnicos importantes, como o patamar de US$ 4.050, abre espaço para ajustes adicionais de curto prazo. No mercado interno, o grama do ouro segue cotado em torno de R$ 690, acompanhando o recuo externo e a oscilação do câmbio.
Para o médio prazo, o sentimento permanece positivo. Segundo estimativas da London Bullion Market Association (LBMA), o ouro pode voltar a se aproximar de US$ 5.000 por onça nos próximos 12 meses, caso persistam os fatores de sustentação — como inflação global resistente, políticas monetárias expansionistas e a demanda de bancos centrais por reservas em ouro. Ainda assim, há analistas mais cautelosos que veem espaço para quedas adicionais, caso o cenário global se estabilize e os investidores migrem para ativos de maior risco.
No geral, o mercado do ouro entra em uma fase de consolidação após meses de forte valorização. O metal continua sendo uma referência de proteção e diversificação de portfólio, mas o momento exige atenção redobrada aos sinais vindos das grandes economias e às decisões de juros nos Estados Unidos, que seguem determinantes para o rumo das cotações
Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.
Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.
Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais


