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Operação no Alemão e na Penha já é a mais letal da história do Rio


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  • mell280

28/10/2025 14h23

Operação no Alemão e na Penha já é a mais letal da história do Rio

Com 64 mortos e 81 presos, ação contra o Comando Vermelho supera Jacarezinho e se torna a mais letal da história do Rio de Janeiro

Manuela de Moura


CNN

 A megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, nesta terça-feira (28/10) na zona norte do Rio de Janeiro, já é a mais letal da história da cidade. Ao menos 64 pessoas foram mortas, incluindo quatro policiais, e 81 foram presas, segundo balanço da Polícia Civil fluminense.

 
 
A ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Ministério Público do Rio (MPRJ), tinha como objetivo desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado. O grupo, segundo as autoridades, vinha expandindo territórios estratégicos para o escoamento de drogas e armas na capital.
 
 
Durante o confronto, criminosos ergueram barricadas, lançaram bombas com drones e abriram fogo contra as equipes. O tiroteio se estendeu por diversas áreas dos complexos e deixou moradores em pânico.
 
Histórico de operações letais
O levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF) mostra que a operação desta terça ultrapassou todos os episódios anteriores em número de mortos.
 
Veja o histórico:
 
Complexos do Alemão e da Penha (2025) – 64 mortos
Jacarezinho (2021) – 28 mortos
Vila Cruzeiro (2022) – 24 mortos
Complexo do Alemão (2007) – 19 mortos
Senador Camará (2003) – 15 mortos
Fallet/Fogueteiro (2019) – 15 mortos
Complexo do Alemão (1994) – 14 mortos
Complexo do Alemão (1995) – 13 mortos
Morro do Vidigal (2006) – 13 mortos
Catumbi (2007) – 13 mortos
Estrutura da operação
A ação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão expedidos contra traficantes que atuam no Complexo da Penha.
No total, 67 pessoas foram denunciadas por associação para o tráfico, e outras três por tortura.
O grupo é acusado de controlar pontos de venda de drogas, comandar execuções e determinar escalas de “soldados” armados nas bocas de fumo.
Além de Doca e Belão, foram apontados como líderes Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington Cesar Braga da Silva (Grandão).
Segundo o MPRJ, o Complexo da Penha é considerado um ponto estratégico por sua proximidade com vias expressas e pela facilidade de transporte de drogas e armamentos.
 
 
Os criminosos colocaram fogo nas barricadas
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Mortes de policiais e homenagens
Entre os mortos estão Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34. Ambos eram policiais civis e integravam as equipes da operação. Máskara era chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita), enquanto Cabral atuava na 39ª DP (Pavuna).
 




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