- mell280
05/11/2025 15h08
Fundação de Cultura fortalece parceria com municípios com editais e apoio a projetos
Lançado pelo diretor presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Mendes, o edital premiará projetos de gestão cultural, produção e difusão de bens culturais e acesso aos serviços culturais. Serão destinados ao todo R$ 150 mil. Na primeira categoria serão investidos R$ 60 mil, contemplando gestão e financiamento (fundos próprios, leis de incentivos municipais e PPPs); também serão premiados – na segunda categoria - projetos de patrimônio e memória (preservação, inventário participativo, revitalização), difusão e acesso cultural (programas de circulação, democratização e uso de tecnologias) e formação e capacitação (escolas de arte, incentivo a gestores e artistas).
“Todos os municípios podem participar por meio do órgão oficial de gestão de cultura, secretaria ou fundação. Esse edital será publicado ainda em novembro. A ideia é que todos os municípios participem e desenvolvam com a Fundação de Cultura suas propostas”, explicou Mendes.
Além do novo edital, a FCMS apresentou aos gestores municipais um outro edital que será lançado este ano: o MEC/MinC Arte e Cultura, com financiamento de R$ 1 milhão pelo governo federal e contrapartida do Estado. O projeto visa levar ações culturais contínuas para escolas de tempo integral em regiões com baixo IDH, inicialmente na rede estadual. A ideia é contratar artistas para trabalhar diretamente nas escolas e envolver também professores sem experiência em cultura.
Apoio e suporte da Fundação de Cultura
Além de informar sobre editais e possibilidades de investimento, técnicos da FCMS ofereceram aos gestores um panorama da atuação da entidade, que abrange o fomento a diferentes áreas e trabalhadores da cultura. Eduardo Mendes, Katienka Klein (Diretoria de Artesanato), Melly Sena (Diretoria de Memória e Patrimônio) e Zito Ferrari (Difusão Cultura) integraram a roda de conversa “A Economia Criativa baseada na Cultura”, em que detalharam possibilidades de parceria e apresentaram o portal MS Cultural.
“Todas as nossas atividades, todos os nossos editais, todos os nossos fomentos estão no MS Cultural (www.mscultural.ms.gov.br). Então eu peço para que vocês, gestores de cultura, trabalhadores da cultura, acessem, usem esse aparelho importante para dar vida ao programa de vocês. Nosso Agendão Cultural passou a utilizado pelas mídias. É muito importante colocarmos todos os eventos do Estado, tendo ou não participação da Fundação de Cultura. É a divulgação do município de vocês, é a plataforma que a gente tem que usar para divulgar os grandes eventos e ações que vocês fazem”, explicou Mendes.
Diretora de Artesanato, Katienka Klein destacou os programas principais do setor. “A emissão da Carteira Nacional do Artesão é crucial, pois identifica o artesão como profissional, permitindo acesso a políticas públicas, como financiamentos com juros menores e editais. Importante também que os municípios organizem associações de artesãos para direcionar políticas e participação em feiras, inclusive nacionais. Temos ainda o Artesania, programa que promove capacitações na produção e nas técnicas de venda. E claro, podemos ajudar também na estruturação de Casas do Artesão locais, que fomentam a arte e o patrimônio”.
Melly Sena, diretora de Memória e Patrimônio, explicou como a área atua junto aos municípios. “O patrimônio cultural gera renda e impulsiona a economia, especialmente através do turismo, artesanato e indústria criativa, como audiovisual e cultura geek, por exemplo. As festas populares ajudam a manter viva a memória cultural local e também podem ser eventos de geração de renda e de transversalidade com o turismo. Por isso apostamos na valorização dessas expressões e incentivamos os municípios a mapeá-las e desenvolver projetos de salvaguarda”.
Já Zito Ferrari, da Diretoria de Difusão Cultural, abordou a importância da gestão pública eficiente, alertando sobre a necessidade de valorizar os projetos e seus realizadores. “Devemos sempre valorizar o artista como trabalhador da cultura, enfatizando a criatividade, a geração de renda. Isso é o mais importante, essa valorização é a base da economia criativa. Devemos também levar em conta que temos muitos editais e sensibilidade do governo do Estado. Nunca tivemos tanto recurso e tantos editais. Então, aproveitem”.
Observatório da Economia Criativa
Ainda durante o segundo dia do seminário “Conexões Criativas: Fortalecendo a Economia Criativa em Mato Grosso do Sul”, o reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Laércio Alves Carvalho, lançou em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura o Observatório da Economia Criativa de Mato Grosso do Sul (OBEC/MS), núcleo interinstitucional e multidisciplinar voltado à produção e consolidação de dados sobre a economia criativa no Estado.
A iniciativa nasce com a proposta de reunir informações estratégicas e desenvolver pesquisas e ações de extensão nos campos das artes, da cultura e da economia criativa, fortalecendo uma gestão cultural baseada em evidências. A consolidação de indicadores culturais é decisiva para qualificar o debate sobre o papel da cultura no desenvolvimento regional e nacional.
O observatório pretende aprofundar o entendimento sobre a dinâmica cultural e criativa sul-mato-grossense, contribuindo com análises capazes de subsidiar políticas públicas e impulsionar o ativismo do setor.
Fotos: Ricardo Gomes


