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Bolsonaro confirma que mexeu na tornozeleira durante a madrugada


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23/11/2025 07h02

Bolsonaro confirma que mexeu na tornozeleira durante a madrugada

Bolsonaro está preso desde a manhã deste sábado na Superintendência da Polícia Federal.

João Paulo Alexandre


 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou a policiais penais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) que mexeu na tornozeleira eletrônica que usava durante a madrugada, segundo dados preliminares passadas à Polícia Federal (PF) e ao ministro Alexandre de Moraes. As informações são da colunista Malu Gaspar, do Jornal O Globo.

Bolsonaro está preso desde a manhã deste sábado, 22, na Superintendência da Polícia Federal. A tentativa do rompimento foi o que embasou o pedido de prisão por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo o relatório preliminar enviado pelos policiais penais do DF que faziam escolta de Bolsonaro em sua casa, em Brasília, o alerta emitido para a tornozeleira foi o tipo mais grave, o chamado alerta de integridade. O equipamento já está na PF para ser periciado.

O ministro Alexandre de Moraes disse que a prisão foi necessária para manter a ordem e que havia risco iminente de fuga de Bolsonaro. Os agentes descartaram que o problema tenha relação com falta de bateria e indicam que foi tentado arrancar a carcaça da tornozeleira usando materiais de soldagem. 

Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal (PF) e está na sala de Estado-Maior. O espaço conta com 12 m² e foi recentemente reformada. O espaço conta com banheiro privativo, cama, escrivaninha, televisão, frigobar e ar-condicionado. A estrutura é semelhante à que abrigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando esteve detido na PF em Curitiba e o ex-presidente Michel Temer, quando ele foi detido em São Paulo.

A defesa de Bolsonaro disse que recebeu a notícia da prisão com  “profunda perplexidade”. Segundo os advogados, a decisão estaria baseada na convocação de uma vigília de orações organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e filho do ex-presidente. Eles argumentam que o direito de reunião e liberdade religiosa é garantido pela Constituição. A defesa sustenta ainda que Bolsonaro estava em casa, usando tornozeleira eletrônica e sob vigilância policial, o que afastaria, segundo eles, o risco de fuga apontado por Moraes.de infortúnio sobre os Bolsonaro e seu clã. Em 2022, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referendou a condenação do PL ao pagamento de multa por litigância de má-fé e impôs o pagamento do valor decidido pelo ministro Moraes, então presidente da Corte. O montante: R$ 22,9 milhões. A multa foi paga em fevereiro de 2023, o que levou ao desbloqueio das contas do partido.

A numerologia, claro, não passou despercebida aos olhos de bolsonaristas mais ferrenhos. O deputado federal Gustavo Gayer, por exemplo, divulgou um vídeo neste sábado, logo após a prisão de Bolsonaro, acusando Alexandre de Moraes de ter esperado o dia 22 para decretar a prisão preventiva do ex-preventiva. O parlamentar, claro, fez a afirmação sem qualquer tipo de prova.

Coincidência atroz ou “piscadela” do STF, o fato é que o número de 22 deixou de ser a esperança política de Bolsonaro para virar seu pesadelo recorrente.

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