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Crédito caro e compras de fim de ano elevam risco de inadimplência no início de 2026


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  • mell280

11/12/2025 15h33

Crédito caro e compras de fim de ano elevam risco de inadimplência no início de 2026

Beatriz Mota


Com consumidores priorizando gastos sazonais e empresas pressionadas por juros altos, especialista alerta para aumento da inadimplência e destaca o papel da IA na recuperação de crédito

 Com o consumo de fim de ano impulsionando compras e reduzindo a prioridade para o pagamento de dívidas, o Brasil se aproxima de 2026 sob um risco maior de inadimplência. Mesmo com renda extra e benefícios sazonais, o brasileiro tem o costume de gastar em presentes, viagens e celebrações em vez de quitar pendências acumuladas ao longo do ano. Uma pesquisa da Serasa em parceria com a Opinion Box, divulgada neste ano, revelou que 84% dos brasileiros já tiveram a saúde mental afetada por problemas financeiros, especialmente no fim do ano, quando despesas extras como presentes e viagens se acumulam. O comportamento agrava um cenário já pressionado por juros elevados, que encarecem o crédito ao consumidor e elevam o custo do capital de giro para empresas de todos os portes.

A combinação de crédito caro, alto comprometimento de renda e pouca reorganização financeira no fim do ano deve resultar em uma elevação da inadimplência nos primeiros meses de 2026. Para as companhias, o efeito é direto: fluxo de caixa mais apertado, aumento do risco de não pagamento e necessidade de reforçar estratégias de negociação para evitar perdas. É o que explica Thiago Oliveira, CEO da Monest: “quando o consumidor deixa de usar o décimo terceiro e a renda extra para reorganizar suas pendências e prioriza o consumo, ele entra no ano seguinte mais vulnerável. E para as empresas, isso significa um janeiro e fevereiro mais duros, com maior risco de não pagamento”, afirma.

O executivo destaca que, diante do ambiente macroeconômico atual, a postura das empresas na relação com o devedor precisa mudar, especialmente no período de maior pressão nos orçamentos familiares. “Negociar é fundamental. Atraso não significa perda definitiva, principalmente quando a empresa aborda o cliente no momento certo, com condições adequadas e comunicação personalizada. Quem espera demais para cobrar paga um preço alto em inadimplência e fluxo de caixa travado”, pondera Oliveira.

A tecnologia, nesse contexto, tem assumido protagonismo na recuperação de crédito. A Monest registrou avanço na adoção da Mia (Monest Inteligência Artificial), agente inteligente de cobrança que utiliza análise de dados, leitura de comportamento e linguagem natural para negociar de forma individualizada. Somente em 2025, a procura pela solução cresceu 328%, puxada principalmente por varejistas que esperam um início de ano mais crítico. 

“O mercado sabe que este é o momento ideal para realizar a cobrança, mas o consumidor está focado nas compras e celebrações e muitas vezes deixa de pagar”, observa o CEO. A Mia atua via WhatsApp, adaptando linguagem, abordagem e propostas conforme o perfil de cada devedor e as diretrizes de cada empresa, aumentando não apenas a taxa de recuperação, mas também a chance de esse cliente voltar a comprar no futuro.

O movimento acompanha uma tendência global de consolidação da IA como motor de eficiência operacional. A UNCTAD estima que o mercado de inteligência artificial deve atingir US$ 4,8 trilhões até 2033, deixando definitivamente a fase de hype. Pesquisas recentes reforçam esse avanço: 39% dos executivos já lançaram mais de 10 agentes de IA em suas empresas, segundo o Google, enquanto dados do BCG mostram que as companhias líderes reservam até 15% de seus orçamentos de IA especificamente para agentes, indicando que a tecnologia entrou em fase de escala real. O Gartner projeta ainda que, até 2027, as empresas utilizarão três vezes mais modelos pequenos e específicos de IA do que grandes modelos generalistas, tendência que favorece soluções ágeis como a Mia.

Para Oliveira, o uso de agentes inteligentes está se tornando determinante para mitigar perdas e acelerar recuperação, especialmente em ciclos de crédito mais restritivos. “O futuro da cobrança não é insistência, é personalização. Soluções como a Mia conseguem entender padrões, horários e preferências do consumidor e adaptar a negociação com base em dados preditivos. Para as empresas, isso reduz custos, amplia alcance e aumenta substancialmente a taxa de recuperação”, afirma.

O CEO da Monest avalia que os primeiros meses de 2026 serão decisivos para medir o impacto do comportamento de consumo no fim deste ano. Ainda assim, ele acredita que as empresas que adotarem estratégias de aproximação ativa e tecnologias avançadas chegarão mais preparadas ao novo ciclo. “Se o consumidor terminar 2025 mais endividado e sem reorganização financeira, veremos impacto direto no início de 2026. Este é o momento de as empresas se aproximarem do devedor e utilizarem ferramentas de inteligência para negociar com eficiência. As que entenderem isso agora estarão melhor posicionadas para enfrentar qualquer cenário”, conclui.

Sobre a Monest

Monest é uma empresa de recuperação de ativos através da cobrança de débitos por uma agente virtual chamada Mia, conectada por inteligência artificial. Focada em alta performance e transparência, a empresa possui um sistema digital e inteligente que testa, aprende, entende e melhora as estratégias digitais de abordagem para com os devedores, além de possibilitar que as empresas acompanhem em tempo real o desempenho da recuperação dessas dívidas.

A agente virtual da Monest, a MIA, utiliza o WhatsApp para se comunicar com cada devedor da melhor forma, além de personalizar a comunicação conforme o negócio, aumentando a possibilidade de um devedor voltar a ser cliente. Com mais de 20 anos de experiência no mercado de cobranças, a empresa já negociou milhões de reais em dívidas no mercado de recuperação de ativos.

 






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