29/12/2025 12h56
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“O que importa não é o que você faz entre o Natal e o ano novo, mas entre o ano novo e o Natal.” Crescemos ouvindo essa frase nos almoços de fim de ano. À primeira vista, parece apenas um ditado bem-intencionado, quase automático, repetido entre sobremesas e brindes. Mas ela carrega uma dualidade profunda: disciplina e desleixo. Para quem atravessou o ano com constância — cuidando do corpo, das finanças, das relações — a frase soa como alívio. Uma confirmação silenciosa de que o caminho importa mais do que os tropeços ocasionais. Para o oposto, para quem viveu de excessos e passou o ano buscando atalhos, soluções mágicas e recomeços imediatos, a mesma frase provoca desconforto. Ela expõe algo difícil de encarar: não existe compensação rápida para a ausência de direção. De maneira quase mágica, essa época do ano revela uma verdade simples e incontornável: o que transforma não são os excessos pontuais, mas os hábitos repetidos. Esse marco simbólico dos 365 dias, que chamamos de ano, é muito convidativo aos “balanços”. Balanço patrimonial, balanço da sua saúde, do seu nível de alegria e também dos relacionamentos — sim, é um conselho óbvio, mas quem nos dera se tivéssemos feito o óbvio durante todo o ano. Na figura de aluno, tire um tempo para olhar o que passou e nesse exercício, pense que você está sentado em uma cadeira de colégio, daquelas de madeira simples, com o local de colocar o caderno embaixo.

TEMPO DE MUDAR

Não caia na armadilha de se projetar em um tribunal. É bom lembrar que o dia do juízo ainda não chegou pra você. O passado ajuda mais quando é professor, mesmo que muitos insistam em tratá-lo como juíz. Uma dessas óticas forma caráter, ajusta direção e devolve clareza. A outra apenas paralisa, culpa e consome energia que deveria estar a serviço do futuro. Diretamente do Chat GPT quando pedi uma frase de efeito que resumisse esses parágrafos: “O que passou só cumpre sua função quando se oferece como lição, não como sentença”. Por isso, não adianta brigar com o que já foi. Isso já cumpriu seu papel: revelar quem você pode ser se não escolher ser melhor e aprender. Não se engane, no entanto, com a ideia confortável de que “ainda há tempo de mudar” como se o tempo, por si só, resolvesse alguma coisa. O tempo não corrige rota — decisões fazem isso. A escolha que importa é sempre a próxima, nunca a passada. Mais que justificativa, essa época do ano pede aprendizado. Faça seu balanço. Ajuste o rumo. Uma virtude a mais, um vício a menos. Que seu próximo ano não seja uma fuga do anterior, mas consequência do que você aprendeu com ele. A estrada segue. O que muda é a forma como você caminha. Ah… Para fechar com mais uma clássica e clichê: “O ano não muda se você não mudar”. Boas festas! FELIZ 2026!

BYE BYE BRASIL

Por conta do atual desgoverno e sua completa insegurança em todos os sentidos, quase metade (40%) dos brasileiros têm interesse em emigrar, ou seja, sair do Brasil, enquanto 57% não demonstram essa disposição, é o que aponta o 18º levantamento Observatório Febraban, divulgado nesta quinta-feira (18). Segundo a pesquisa, o desejo de morar fora varia conforme a faixa etária: o interesse é maior entre as gerações mais jovens, atingindo 50% da Geração Y (nascidos entre 1980 e 1995) e 44% da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010). Em contraste, o percentual cai nas gerações mais velhas. Na Geração X (nascidos entre 1965 e 1981), 35% relataram esse objetivo, enquanto entre os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), o índice cai para 25%. Para o levantamento, foram ouvidas 3 mil pessoas nas cinco regiões do país entre 15 de novembro e 2 de dezembro. Entre os que desejam sair do país, as preferências se concentram em países ocidentais, alinhando-se aos locais onde já existem grandes comunidades brasileiras: América do Norte: Os Estados Unidos lideram o ranking com 37%, seguidos pelo Canadá (9%); Europa: É o continente favorito no total (60%), com Portugal na liderança (22%), seguido por Itália (12%), Espanha (8%), Inglaterra (7%) e Suíça (6%); Ásia: Japão e China aparecem com 5% e 4% das menções, respectivamente.




