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Por que a solidão cresce mesmo em ambientes cheios


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  • mell280

31/12/2025 11h14

Por que a solidão cresce mesmo em ambientes cheios

Carolina Lara


 Estudos mostram que falta de vínculo emocional amplia riscos de ansiedade, depressão e queda de desempenho no trabalho

A solidão deixou de ser um problema restrito ao isolamento físico e passou a afetar também pessoas socialmente ativas. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que cerca de um em cada quatro adultos no mundo relata sentir solidão frequente, mesmo mantendo convivência familiar, profissional ou social regular. O fenômeno tem impacto direto sobre a saúde mental e começa a chamar a atenção de empresas e gestores.

Segundo Jair Soares dos Santos, psicólogo e pesquisador em saúde mental, a convivência social não garante proteção emocional. “Muitas pessoas estão acompanhadas no trabalho, na família ou em grupos sociais, mas não se sentem compreendidas ou seguras para expressar vulnerabilidades. Essa desconexão prolongada pode gerar sofrimento psíquico importante”, afirma.

Conhecida na literatura científica como solidão subjetiva, a condição ocorre quando há presença de pessoas, mas ausência de conexão emocional, escuta e sensação de pertencimento. Levantamentos do Gallup World Poll indicam que indivíduos que se sentem solitários apresentam índices significativamente mais altos de sofrimento emocional, independentemente do número de interações sociais ou do estado civil.

Estudos publicados pela revista The Lancet Psychiatry apontam que a solidão persistente está associada ao aumento do risco de ansiedade, depressão e agravamento de transtornos mentais já existentes. Os pesquisadores destacam que a qualidade dos vínculos exerce papel mais relevante do que a quantidade de relações mantidas ao longo do dia.

O impacto da solidão acompanhada também é observado no ambiente corporativo. Um estudo publicado pela Harvard Business Review mostra que profissionais que relatam solidão apresentam maior esgotamento emocional, menor engajamento e mais risco de afastamento por questões de saúde mental. A pesquisa associa o sentimento de desconexão à queda de produtividade e ao aumento de sintomas relacionados ao burnout.

Apesar da alta incidência, o problema ainda é pouco reconhecido. Por não envolver isolamento visível, a solidão acompanhada tende a ser minimizada ou interpretada como fragilidade individual. “Existe uma cobrança implícita para que a pessoa esteja bem por estar rodeada de gente. Isso faz com que muitos profissionais silenciem o próprio sofrimento”, diz Santos.

Especialistas recomendam atenção a sinais persistentes como sensação de vazio, dificuldade de compartilhar emoções, irritabilidade constante, fadiga emocional e percepção de não pertencimento, mesmo em ambientes coletivos. A orientação é buscar apoio profissional e fortalecer vínculos baseados em confiança, escuta e segurança psicológica.

No cenário pós-pandemia, o tema ganhou relevância adicional. Embora as interações presenciais tenham sido retomadas, estudos internacionais indicam que o mal-estar emocional associado à solidão não diminuiu na mesma proporção. Para a Organização Mundial da Saúde, reconhecer a solidão como fator de risco em saúde pública é fundamental para orientar políticas de prevenção, práticas corporativas mais saudáveis e estratégias de cuidado emocional.


 

Sobre o IBFT

O Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) é uma instituição educacional dedicada à formação de terapeutas especializados em saúde emocional. Fundado com o propósito de transformar vidas por meio do conhecimento, o IBFT oferece formações em diversas áreas, incluindo a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), uma metodologia desenvolvida para tratar dores emocionais profundas. Com mais de 50 mil terapeutas formados no Brasil e no exterior, o instituto se destaca por sua abordagem prática e eficaz no tratamento de traumas, fobias, depressão, ansiedade e outros transtornos emocionais.

Para mais informações, visite o site ou o Instagram.

 

Sobre Jair Soares

Jair Soares dos Santos é psicólogo, terapeuta, hipnólogo, pesquisador e professor, além de ser o fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT). Criador da Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), sua trajetória é marcada por desafios pessoais que o motivaram a buscar soluções eficazes para o sofrimento emocional. Após enfrentar episódios de depressão e insatisfação com abordagens terapêuticas tradicionais, Jair dedicou-se ao desenvolvimento de uma metodologia que pudesse proporcionar alívio real e duradouro aos pacientes. Sua formação inclui graduação em Psicologia pela Faculdade Integrada do Recife e especializações em áreas como hipnoterapia e análise comportamental. 

Atualmente é doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO) na Argentina, onde desenvolve uma pesquisa com a TRG em pessoas com depressão e ansiedade, alcançando resultados promissores com a remissão dos sintomas nestes participantes. Há mais dois doutorados com a TRG a serem desenvolvidos neste momento.

Para mais informações, visite o Instagram.

 

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