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Confinamento de gado em Mato Grosso deve aumentar em 34%


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29/07/2011 10h40

Confinamento de gado em Mato Grosso deve aumentar em 34%

Vivian Lessa Do G1 MT



Febre_Aftosa (Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)A previsão é de que798.410 sejam confinados em
MT (Foto: Divulgação / Secretaria de Comunicação)

Está aumentando o interesse do produtor mato-grossense em criar o gado confinado. A tendência para este ano é que 798.410 animais passem pelo confinamento.

O volume é 34,7% em relação ao que foi observado em 2010, quando 770.266 gados foram confinados. Para o setor, o aumento dos preços da arroba do boi gordo fez com que o produtor investisse no negócio. Além disso, justificam que a mortalidade dos pastos contribuiu para que a intenção de confinamento fosse maior neste ano.

Atualmente, Mato Grosso é o terceiro maior confinador de bovinos do Brasil, atrás apenas de Goiás e São Paulo. O gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, explica que os dados fazem parte de uma pesquisa feita com 143 produtores do estado. Segundo ele, foi levado em consideração o interesse do produtor em buscar o confinamento e as primeiras realizações para o processo, como por exemplo, a aquisição do boi magro.

De acordo com o superintendente da entidade, Otávio Celidônio, os números caminham na contra mão de uma perspectiva que apontava para a redução no número de animais confinados. Ele ressalta que somente na região Sudeste de Mato Grosso houve redução, de 18%, no número de animais que poderão ser confinados. “Isso correu porque houve o fechamento de uma unidade frigorífica da região”. Na outra ponta, destaca-se o Nordeste mato-grossense, onde 61% dos animais devem ser confinados.

A pesquisa também mostrou que cerca de 90% dos animais já foram adquiridos, totalizando 718.569. Mas o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, argumenta que isso não indica que os números apresentados na intenção de confinamento serão confirmados. Isso porque, a aquisição de alimentos que representam 23% do custo desse sistema de produção, como o concentrado (farelo de milho) e volumoso (silagem) somente foi feita por, respectivamente, 67% e 81% dos produtores entrevistados.

De acordo com ele, apesar do aumento de animais confinados, ainda não é suficiente para atender a demanda dos frigoríficos. Mato Grosso deve abater neste ano 4,5 milhões de cabeças e o boi gordo que sai do confinamento representa 17% dessa demanda, chegando a 26% no período de pico da entrega desses animais, que acontecerá em outubro.

Gastos – O custo de produção para manter o animal confinado chega a R$ 13,78 por cabeça/dia. Desses gastos, R$ 9,20 é para a aquisição do boi magro e R$ 3,20 com alimentação. Com essa média, o produtor que vai confinar 100 animais deve gastar aproximadamente R$ 1.378 diariamente. Já a renda, considerando a arroba cotada na média de R$ 95, ficaria em R$ 1.710. O resultado é um lucro de R$ 332 por cabeça. “O pecuarista entendeu que o confinamento é algo rentável”, diz o superintendente da Acrimat.

Vacari acrescenta que a programação é a melhor forma para manter o lucro e se livrar dos prejuízos. Ele avisa que em determinadas regiões os frigoríficos estarão com a capacidade de abate direcionada somente para animais confinados. É o caso da região Nordeste de Mato Grosso, onde as perspectivas apontam para a utilização de até 66% da capacidade de abates na única unidade instalada na região. “O produtor não pode optar pelo confinamento do dia para a noite. É preciso estudar as variáveis que a atividade não se torne inviável”, complementa





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