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Com vendas aquecidas na fronteira, brasileiros trabalham no Paraguai


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  • mell280

02/08/2011 10h00

Com vendas aquecidas na fronteira, brasileiros trabalham no Paraguai

TV Morena


 O dólar baixo é sinônimo de alta nas vendas no comércio da fronteira do Brasil com o Paraguai. Em Pedro Juan Caballero, no país vizinho, muitos brasileiros estão aproveitando o mercado aquecido e ocupando postos de trabalho para atender a demanda dos consumidores, a maioria também brasileiros.

Michael Fernandes é um dos novos contratados de uma empresa de informática em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã. O vendedor não é o único brasileiro que procura oportunidades no mercado de trabalho no Paraguai. "Foi uma forma mais fácil de arrumar emprego, para eu ter meu dinheiro", diz.

O vendedor conquistou a vaga por causa da boa temporada de vendas na região de fronteira. As férias de julho atraíram muitos turistas, como Rosângela Magna Pereira e o marido. O casal é de Brasília, foi a passeio para Campo Grande e aproveitou para esticar a viagem até o Paraguai. "Aproveitamos a viagem e a economia também", conta a dona de casa.

A variação cambial também tem ajudado. O valor baixo do dólar perante o real tem aquecido os negócios. Com isso, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero acabam lucrando juntas por causa do da queda na moeda norte americana. "O fato de que nós podemos consumir no Paraguai influencia a forma de consumo, se no lado brasileiro ou paraguaio. E estamos em uma cidade que é um ponto de turismo de compras", comenta o economista Roberson Rocha.

O cenário favorece as contratações. Segundo a Câmara de Comércio da cidade paraguaia, o número de brasileiros empregados no setor vem crescendo. O número de trabalhadores contratados em julho deste ano aumentou 30% se comparado com o mesmo período do ano passado. Já são quase 1.700 brasileiros ocupando um posto de trabalho em Pedro Juan Caballero. "Nesta época de muita demanda de mão-de-obra qualificada, normalmente há imigração de funcionários", explica o presidente da entidade comercial, Tomaz Medina.

Das 1.200 empresas comerciais da cidade paraguaia, pelo menos 400 são administradas por brasileiros. Esse é um dos motivos porque tantas pessoas de Mato Grosso do Sul conseguem emprego do lado paraguaio. Além disso, os empresários preferem a mão-de-obra por causa do carisma e da boa comunicação com os consumidores - a maioria de brasileiros.

Para trabalhar no Paraguai, é necessário o visto de trabalho. Mesmo assim, os direitos trabalhistas não valem para para o Brasil. O funcionário não conta com seguro desemprego ou auxílio-doença. O brasileiro Matheus Martins trabalha no Paraguai e, para não perder a oportunidade, tenta compensar a falta dos direitos trabalhista de outra forma. "Temos a previdência no Brasil e pagamos todo o mês normalmente", relata.





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