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Entenda o que deve ficar mais caro com a gasolina em alta


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29/09/2021 16h55

Entenda o que deve ficar mais caro com a gasolina em alta

assessoria


 

Veja por que a gasolina está tão cara e como isso cria um efeito cascata em outras despesas diárias


Atualmente, os brasileiros estão pagando mais caro por itens básicos para viver de maneira digna – comida, gasolina e energia elétrica.

Em agosto de 2021, a inflação atingiu um novo pico mais uma vez. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), monitorado pelo IBGE, reportou que o acúmulo de 12 meses chegou a 9,68%, o mais alto desde fevereiro de 2016.

Como é possível ver nos supermercados, postos de gasolina e na conta de luz, a inflação afeta diretamente a vida do cidadão comum.

Esse aumento generalizado é fruto de diversos fatores e, muitas vezes, de combinações deles. Neste texto, você vai entender por que a gasolina – e outros combustíveis – estão tão caros e como isso pode criar um efeito dominó em outras despesas.

Alta nos combustíveis

De acordo com o relatório mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina comum chegou ao valor de R$6 até a segunda semana de setembro. Em alguns locais, o litro passou dos R$7. O preço mínimo verificado pelo levantamento foi de R$5,15.

Esses números exorbitantes, que pesam dolorosamente no bolso dos brasileiros, acontecem porque os valores registrados no Brasil seguem o comportamento internacional.

Desde 2016, a Petrobras segue o Preço de Paridade Internacional (PPI), que se baseia na cotação do barril de petróleo e variação cambial. 

O preço do barril de petróleo vem subindo desde o começo de 2021 por dois motivos

  • A alta demanda gerada pela abertura de vários países que iniciaram a vacinação contra a covid-19, depois de quase um ano de fronteiras fechadas;

  • Pela dinâmica da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

A organização concentra 40% da produção mundial da commodity e, por vezes, bloqueia os estoques para valorizar os barris. Na metade do ano, a Opep anunciou que a ampliação gradativa da oferta voltaria, dado o crescimento expressivo nos preços.

E como a cotação é feita em dólar, isso também é um fator de peso para o Brasil, já que o real segue em desvalorização.

Resumidamente, a moeda brasileira desvalorizada é consequência de eventos externos, como a expectativa de crescimento da economia dos Estados Unidos e também de seus juros.

No entanto, o que os especialistas dizem é que a alta dos combustíveis no Brasil, além dos fatores internacionais, muito se dá por questões internas, motivadas pela instabilidade política afetada pela pandemia e pelas diretrizes do próprio governo federal.

Os conflitos de Jair Bolsonaro com os demais poderes brasileiros, desavenças diplomáticas com outros países e a antecipação em relação às eleições presidenciais de 2022 são fatores que contribuíram intensamente para um cenário econômico cheio de incertezas.

Isso faz com que os investidores se mantenham afastados dos negócios internos, optando por fazer aplicações fora do país, em ambientes considerados mais seguros.

Quando o conjunto de todos esses elementos finalmente toma forma nos postos de gasolina, não é apenas o simples ato de encher o tanque que se torna um problema.

O efeito dominó faz com que os gastos com transporte público e frete também fiquem mais caros, e isso é refletido nos preços de uma série de produtos e serviços.

Como isso afeta outros setores

Nos últimos meses, usuários de carros por aplicativo vêm sendo vocalmente insatisfeitos com os serviços de carona na internet. O motivo, eles relatam, é que os motoristas rejeitam diversas corridas seguidas, o que faz com que muito tempo seja perdido.

Naturalmente, a alta no combustível atingiu em cheio esses trabalhadores, que agora precisam desembolsar grande parte de seus lucros apenas para abastecer. Muitas vezes, chegam em um ponto em que é necessário pagar para trabalhar, sem maiores ganhos.

Os motoristas rejeitam corridas curtas que não trariam retorno. Uma corrida de 7 reais, por exemplo, pagaria apenas um litro de gasolina comum. A solução que esses profissionais encontraram foi selecionar as viagens, optando por quilometragens maiores e que, consequentemente, são mais lucrativas.

Esse efeito cascata também toca os produtos comprados pela internet ou em lojas físicas. Para chegar até a casa do comprador, o transporte precisa ser feito, e isso necessita de combustível. A mesma coisa para os itens vendidos em shoppings e supermercados.

Ao cobrir esses gastos, as empresas optam por aumentar os valores – tanto dos próprios produtos, quanto do frete.

Quem pega ônibus diariamente também pode sair como vítima desses aumentos. As empresas administradoras, diante deste cenário, podem pressionar o aumento das passagens para compensar os custos com diesel e gasolina.

Prefeitos de várias cidades, como São Paulo, prometeram em suas campanhas eleitorais que não aumentariam a tarifa dos ônibus. Porém, o momento é de imprevisibilidade e não seria a primeira vez que uma promessa deste tipo seria quebrada.

Como economizar

Infelizmente, a população se vê de mãos atadas em meio a essa situação. O jeito, então, é encontrar alternativas para gastar o mínimo possível.

Para quem usa o carro para trabalhar ou faz uso casual, a dica é realizar uma boa pesquisa para encontrar postos em que o combustível está mais em conta. Estabelecimentos de regiões mais afastadas dos centros das grandes cidades costumam oferecer preços um pouco menores.

E como dirigir por aí sem proteção é um enorme risco que pode causar ainda mais despesas, o ideal é encontrar opções de seguro auto com taxas mais amigáveis, mas que não deixem de cumprir suas funções.






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