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Com duas novas “caras” no time de Name, bancada das defesas tem 2 ex-juízes


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16/09/2024 13h38

Com duas novas “caras” no time de Name, bancada das defesas tem 2 ex-juízes

Por Anahi Zurutuza


No meio, Jail Benitez Azambuja, ex-juiz federal do Paraná que representa o policial federal Everaldo Monteiro de Assis (Foto: Henrique Kawaminami)

 Com duas novas “caras” no time de Jamil Name Filho nesta segunda-feira (16), o segundo júri popular da Operação Omertà conta com participação de dois ex-juízes na defesa de réus. Nefi Cordeiro, que na magistratura foi juiz do Tribunal de Justiça do Paraná a ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), defende Jamilzinho, acusado de mandar matar Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, enquanto Jail Benitez Azambuja, ex-juiz federal do Paraná, representa o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, apontado como o responsável por elaborar dossiê sobre o alvo de Name.

 
 
 
 
 
 
Cordeiro já esteve em Campo Grande no ano passado, quando defendeu Jamilzinho da acusação de decretar a execução por engano do estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, fuzilado por engano no lugar do pai em dia 9 de abril de 2019. No julgamento histórico, que durou pouco mais de 30 horas, em julho de 2023, Name Filho foi condenado a 23 anos e 6 meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de emboscada e porte ilegal de arma.
 
Na defesa de Jamilzinho, há mudanças em relação ao júri anterior. Eugênio Malavasi, advogado de São Paulo (SP) que chamou a atenção pelos tons elevados de voz e os gestos teatrais, foi demitido. No dia 10 de setembro, ele renunciou formalmente ao poder de representar o acusado, “a pedido do irmão do peticionário”, conforme justificado no processo.
 
Na mesma semana, como reforço sul-mato-grossense, Nefi Cordeiro nomeou o criminalista Pedro Paulo Sperb Wanderley para estar no plenário. A esposa do ex-ministro do STJ, Camila Kassiele Cordeiro, também é novidade na equipe em relação ao julgamento anterior. Completam o time Anderson Zacarias Martins Lima e Matheus Bueno de Souza.
 
 
 
O outro ex-magistrado, Jail Azambuja abriu escritório em Mato Grosso do Sul desde que se aposentou como magistrado federal e já trabalhou, por exemplo, para políticos conhecidos, como o ex-prefeito Gilmar Olarte e o ex-senador Delcídio Azambuja. O advogado acumula polêmicas na carreira, como a acusação de ser o mandante de atentado em 2008 e prisão pela Polícia Federal em 2018.
 
 
Além de Jail Azambuja, Marcus Azambuja, Gilvane Fátima Paulino e Sérgio Henrique Lanzone representam Everaldo Monteiro de Assis.
 
Mais das defesas – O ex-guarda civil metropolitano, Marcelo Rios, também condenado no primeiro júri da Omertà, conta com Marcio de Campos Widal Filho para defende-lo. Em julho de 2023, tinha Luiz Renê Gonçalves Amaral como defensor, mas desta vez, terá Nayara Andrade fazendo dupla com Widal. Ele é acusado de arquitetar o plano de execução de Colombo a mando do chefe, Jamilzinho.
 
Rafael Antunes, também ex-guarda, que teria ocultado a arma usada no crime, terá apenas o advogado Yahn de Assis Sortica para defendê-lo.
 
 
Da esquerda para a direita, os promotores Luciana Rabelo, Gerson Eduardo de Araújo, Moises Casarotto e Douglas Oldegardo (Foto: Henrique Kawaminami)Bancada da acusação – O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) decidiu manter a seleção vitoriosa de 2023. Está na bancada da acusação, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, promotor com duas décadas de experiência e que deixou os tribunais após completar mil júris, mas está de volta, excepcionalmente para o novo julgamento dos réus da Omertà.
 
 
Também fazem parte da equipe, Gerson Eduardo de Araújo, representando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), Luciana do Amaral Rabelo, promotora premiada mais de uma vez pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), e Moisés Casarotto, trazido de Três Lagoas para fortalecer o time.
 
O crime – Marcel, de 31 anos, foi executado à queima-roupa em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, Vila Rosa Pires, em Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018. Um amigo dele ficou ferido. A história remonta a 2016, quando houve desentendimento entre Jamil Name Filho e vítima em uma boate da Capital, segundo o acusando de ser o mandante do crime, por causa de balde de gelo.
 
Colombo ficou conhecido como Playboy da Mansão por dar festas em casa de alto padrão e, em abril de 2016, após ser detido, ironizou a situação dizendo à uma equipe de reportagem que logo estaria solto, tinha dinheiro no bolso, mostrou um maço de dólares e zombou que o jornalista estava trabalhando.
 
 




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