Recentemente, a cantora Lexa compartilhou em suas redes sociais a triste notícia da morte de sua filha, Sofia, três dias após o parto. A artista revelou que enfrentou complicações graves durante a gestação, com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave, complicado por síndrome Hellp, que levaram ao nascimento extremamente prematuro da bebê.

A pré-eclâmpsia e´ uma condição obstétrica que surge geralmente após o segundo trimestre, caracterizada pelo aumento da pressão arterial e perda de proteína na urina. Podendo evoluir para complicações mais sérias, como a síndrome de Hellp, que afeta o fígado, os rins e a circulação sanguínea, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.
 
De acordo com a ginecologista e obstetra Paula Machado, do Hospital Mater Dei Santa Clara em Uberlândia, a síndrome de Hellp é uma complicação grave da pré eclâmpsia, marcada pela hemólise (destruição das células vermelhas do sangue), elevação das enzimas hepáticas e redução das plaquetas. "Essa condição pode levar à falência de órgãos e representa risco de óbito tanto para a mãe quanto para o feto", explica a médica.

Sintomas da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia em geral pode ser assintomática, mas alguns sinais comuns incluem dor de cabeça intensa, inchaço no rosto e nas mãos, ganho de peso repentino devido ao inchaço e alterações visuais. Em casos mais graves, como a eclâmpsia, podem ocorrer convulsões e até coma. 

Tratamentos
O tratamento da pré-eclâmpsia visa controlar a pressão arterial, com o uso de medicamentos hipotensores. A realização do pré-natal é fundamental para a prevenção secundária e o monitoramento da condição, evitando, ou identificando desfechos graves.

Cuidados 
Apesar dos riscos, mulheres que enfrentaram a síndrome de Hellp podem engravidar novamente, embora haja um aumento na probabilidade de recorrência. "É possível adotar medidas de prevenção secundária para reduzir os riscos em uma nova gestação", afirma Dra. Paula. 

A história de Lexa e Sofia reforça a importância do acompanhamento médico durante a gravidez e a conscientização sobre as complicações que podem surgir, como a pré-eclâmpsia e a síndrome de Hellp. A prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para garantir a saúde de mães e bebês.