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Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS


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30/06/2025 19h00

Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS

Ato homenageia 17 mulheres mortas em 2025 e reforça campanha por "Feminicídio Zero"

Por Geniffer Valeriano


Girossóis plantados em praça de Maracaju (Foto: Hosana de Lourdes/Tudo em MS)

 Girassóis foram plantados em uma praça de Maracaju, cidade localizada a 160 km de Campo Grande, em um ato simbólico de combate ao feminicídio. A homenagem marcou a lembrança das 17 mulheres assassinadas em Mato Grosso do Sul neste ano. Cada flor representa uma vítima. O evento ocorreu dez dias após o município registrar o primeiro feminicídio de 2025.

 
Em cada planta foi fixado um cartão com a inicial do nome da mulher, a idade, a data do crime, a forma como ela foi morta, o autor e a cidade onde o caso aconteceu.
 
A cerimônia foi realizada na tarde desta segunda-feira (30), na Praça Nestor Pires Barbosa, no Centro de Maracaju, e reuniu autoridades municipais, estaduais e representantes da segurança pública.
 
A abertura ficou por conta da coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres do município, Jamaika do Carmo, que leu o nome de cada uma das vítimas. Já a tenente Débora Gibin, em discurso, destacou que o feminicídio é o desfecho trágico de um longo ciclo de violência.
 
 
“Temos não só a violência física, mas também a psicológica, moral, sexual, patrimonial. E o feminicídio é o fim desse ciclo. Começa com tensão, depois agressões, depois vem a fase da lua de mel. A mulher acredita na mudança… até que tudo recomeça, e sempre pior”, afirmou.
 
Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS
Flor homenageia Ivone Barbosa da Costa Nantes, 8ª vítima em MS (Foto: Hosana de Lourdes/Tudo em MS)
Veja todas as vítimas deste ano:
 
Karina Corim, 29 anos – morta a tiros pelo ex-companheiro em Caarapó (01/02)
 
Vanessa Ricarte, 42 anos – morta a facadas pelo ex-noivo em fevereiro
 
Juliana Domingues, 28 anos – indígena, morta com golpes de foice na cabeça, em Dourados (18/02)
 
Mirele dos Santos, 26 anos – morta a tiros pelo ex-marido em Água Clara (22/02)
 
Emiliana Mendes, 26 anos – estrangulada pelo companheiro em Juti (24/02)
 
Gisele Cristina Oliskowiski, 40 anos – morta em Campo Grande; corpo queimado pelo companheiro (01/03)
 
Andreia da Silva Arruda, 30 anos – morta a facadas em Nioaque (29/03)
 
Ivone Barbosa da Costa Nantes, 40 anos – morta com facadas na cabeça em Sidrolândia (17/04)
 
Thaciana Paula Lima, 39 anos – assassinada a tiros em Aporé, GO, mas natural de Cassilândia (11/05)
 
Simone da Silva, 35 anos – morta a tiros na frente dos filhos em Itaquiraí (14/05)
 
Olizandra Vera Cano, 26 anos – assassinada a facadas na Aldeia Taquaperi, Coronel Sapucaia (23/05)
 
Graciane de Sousa Silva, 32 anos – morreu após quatro dias de agressões, em Angélica (25/05)
 
Vanessa Eugênio Medeiros, 23 anos – vítima de feminicídio
 
Sophie Eugenia Borges, 10 meses – morta asfixiada e carbonizada junto com a mãe, em Campo Grande (28/05)
 
Eliana Guanes, 59 anos – queimada viva em Corumbá pelo colega de trabalho (07/06)
 
Doralice da Silva, 42 anos – morta a facadas pelo companheiro em Maracaju (20/06)
 
Rose Antônia de Paula, 41 anos – morta a facão pelo companheiro em Costa Rica (27/06)
 
Maracaju planta girassóis em homenagem às 17 vítimas de feminicídio em MS
Girassol relembra 2ª vitíma de feminicídio, a jornalista Vanessa Ricarte (Foto: Hosana de Lourdes/Tudo em MS)
Sala lilás - Mais cedo, durante a 23ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Maracaju, os vereadores aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei nº 020/2025, que dá o nome da técnica em enfermagem Ivanir Rodrigues Antunes à Sala Lilás do município. O espaço, voltado ao atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, foi inaugurado no Hospital Soriano Corrêa da Silva.
 
 
A homenagem reconhece a trajetória de Ivanir. Ela foi brutalmente assassinada aos 35 anos, vítima de feminicídio em fevereiro de 2021, em Maracaju. Segundo a Polícia Civil, o crime foi cometido pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso dias depois, em Sidrolândia.
 
(*) Com informações do portal Tudo em MS 
 
 




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