- mell280
18/08/2025 05h02
Algures, Alhures e Nenhures
“Sem saber que a primavera ainda não chegou
Um ipê explode em flor antes da hora
Senhora … floresce.
Enfeita a avenida e da dor da vida: esquece.
E distraído; florido,
Nesta sua primavera ao léu.
Um buquê de rosa… oferece ao céu.
E quando pensa que não
Estende um tapete de flores … no chão.
Pra quem quiser passar.
Pra quem quiser acreditar.
Pra quem quiser ver com os olhos do coração
Que todo tempo é estação…das flores
Que tempo é estação…dos amores!
Rud Prado
Os Ipês são evidentes e contundentes. Além de estarem localizados em diversos outros bairros espalhados pelas sete regiões da Capital, entre seus trinta e três córregos; decorando e alegrando a cidade Morena. O Ipê, símbolo da flora sul-mato-grossense, é comum nas estações de outono e inverno.
A temporada de floração dos ipês começa em junho e vai até setembro. O ipê rosa floresce em junho; o amarelo em julho/agosto e o branco em agosto/setembro. A cor mais comum… o roxo. Da espécie Handroanthus impetiginosus. Uma espécie muito plantada no final da especialmente para o centenário da capital.
Símbolos de Campo Grande, as figueiras da avenida Afonso Pena, no centro da cidade, também são centenárias. As árvores foram plantas em 1921, pelo então prefeito Arlindo Gomes. Na época, a cidade tinha pouco mais de 8 mil habitantes. Para dar o exemplo a população, Gomes, regava diariamente as árvores ao sair do expediente. Na época, eram centenas de casas de alvenaria de tijolos, mais de 100 casas comerciais, duas agências bancárias, cinco hotéis e 58 automóveis. Além disso, incluindo a área rural, o município tinha 21.360 habitantes . Entretanto o ipê-amarelo em julho do ano 2018 se tornou oficialmente o símbolo de Mato Grosso do Sul. Há uma lei, que autoriza o uso da imagem em documentos oficiais, peças publicitárias e de comunicação visual, sempre que o Estado quiser divulgar as belezas e características botânicas. Apesar de que em Campo Grande o Oiti (Licania tomentosa), quando eu era Conselheiro Regional, (prefeito Andre Pucinelli) e logo depois da Comissão do lixo e da Cidadania (época do prefeito Nelsinho Trad); foi a árvore mais identificada nas áreas de passeio público de Campo Grande, com 867 exemplares amostrados, o que representa 18,35% do total. Em seguida, apareciam o Ficus Ficus benjamina) com 859 exemplares, representando 18,18%., das 175 mil árvores que Campo Grande possui na zona urbana.
Entre a grande variedades de plantas nativas do país, o ipê sempre foi considerado a árvore nacional brasileira. No dia 7 de dezembro de 1978, a lei nº 6507 veio declarar que o pau-brasil (caesalpinia echinata) seria a Árvore Nacional e, a flor do ipê, a flor do símbolo nacional. Mas independente de regras, leis e decretos, o Ipê avança em nosso olhar e nossos corações. É um bom exemplo de que se quisermos algo que se firme, que se preze, devemos ter esforços pessoais. Assim como o Ipê o que plantamos no coração d alguém, vem como sempre espalhando cor, esbanjando beleza e exalando seu perfume, A cada Ipê plantado recebemos os algures do pensamento, que em alhures não encontrará e nenhures a saudade a esquecerá. E não estranhem, agora sendo eu detentor da medalha “José Antônio Pereira” laureada através do Edil Vitor Rocha, estar com meu regadorzinho, seguindo os passos do Prefeito Arlindo Gomes, espargindo os ipês da Cidade Morena com água, poesias, flores e sonhos!
*Articulista