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Planejamento de safra: como os produtores podem tomar decisões estratégicas em tempos de incerteza?


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15/09/2025 14h54

Planejamento de safra: como os produtores podem tomar decisões estratégicas em tempos de incerteza?

Fábio Bouças


Antes de pôr em prática o projeto, é necessário avaliar o rendimento da safra anterior para identificar pontos fortes e fracos entre os cultivos

Planejar uma safra em tempos de tarifaço e de debacle na economia é um processo estratégico que permite aos produtores rurais minimizar riscos, aproveitando recursos e tomando decisões fundamentais para avançar em pautas importantes diante das crises climáticas, econômicas e mercadológicas.

É importante lembrar que entre 2024 e 2025, a produção de soja e milho sofreu impactos variados (em algumas regiões houve queda de produtividade devido à instabilidade climática e ao aumento do custo de fertilizantes). A soja é a principal cultura brasileira, cuja colheita pode superar 165 milhões de toneladas entre os anos de 2025 e 2026. Segundo o Conab, estima-se que tenham sido alcançadas impressionantes 169,7 milhões de toneladas, um aumento de 14,8% em relação ao período anterior, o que representa um recorde para o setor agrícola.

Por isso, é importante engendrar um planejamento. Afinal, trata-se do principal setor econômico do país: o agronegócio. 

Mas, para que o produtor desvie de percalços, é preciso avaliar a safra anterior, os custos e a produtividade, identificando pontos fortes e fracos do sistema produtivo; além disso, veem-se as condições do solo, do clima e do mercado. Tal análise serve de base para um plano realista que deve ser adaptado conforme a realidade de cada plantio. Em seguida, o produtor tem de escolher as culturas e as variedades adequadas. Optar por cultivares resistentes a estresses ambientais contribui para a mitigação de perdas.

“O produtor deve se preocupar com a fertilização do solo desde o início do seu planejamento, respeitando um cronograma técnico que inclua a análise e coleta de amostras do solo; recomendações de corretivos e fertilizantes; aplicação do calcário e correção do pH; a aplicação dos insumos; e, por fim, o monitoramento e com os ajustes da adubação”, afirma Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro. 

Com o agravamento das mudanças climáticas e a volatilidade do mercado mundial, usar previsões e indicadores como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) permite programar o plantio e a colheita no momento ideal para reduzir perdas. Por isso, planejar uma combinação de culturas ajuda a inibir riscos específicos e melhora a sustentabilidade do sistema produtivo. Alternativas para situações de emergência (como estiagem, pragas ou crises de mercado) asseguram maior resiliência. 

O planejamento estratégico da safra gera benefícios. Primeiro, há maior eficiência no uso dos recursos naturais e financeiros; consequentemente, há uma redução dos impactos negativos das variações climáticas e do mercado; há uma melhora na produtividade; e, por fim, há uma melhoria da sustentabilidade econômica, social e ambiental da propriedade. Diante de incertezas que desafiam o agronegócio, como o aumento de adversidades climáticas extremas, variações bruscas nos preços e custos de produção, um projeto bem estruturado é indispensável para assegurar o sucesso na agricultura. 

 

Planejamento estratégico





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