_Lia Nogueira levou o caso ao plenário e destacou a importância de valorizar mulheres que exercem cargos de liderança com ética e sensibilidade; presidente Gerson Claro reforçou que internet não é terra sem lei_

 

A Delegada Thaís do Carmo Oliveira de Bessa, de Dourados, recebeu o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) após ser alvo de comentários ofensivos e machistas nas redes sociais, feitos depois de uma entrevista concedida no último sábado (4).
Além de apresentar uma moção de apoio, a deputada Lia Nogueira (PSDB) também protocolou um requerimento solicitando que o Ministério Público Estadual e a Associação dos Delegados de Polícia (Adepol-MS) adotem providências cabíveis diante dos ataques. O pedido inclui o envio de registros e perfis dos autores das ofensas para subsidiar eventuais investigações.
Durante a sessão plenária, Lia Nogueira destacou que os comentários dirigidos à delegada ultrapassam o limite da crítica e atingem o respeito e a dignidade de todas as mulheres.
“Os comentários são machistas e absurdos. Tentam diminuir a mulher e questionar sua capacidade. É por isso que tantas ainda sofrem violência e desrespeito. Nós não podemos aceitar isso”, afirmou a deputada.

 

Em seu discurso, a parlamentar também ressaltou a importância de reconhecer o trabalho de mulheres que atuam com responsabilidade em áreas ainda marcadas por preconceitos. “A delegada Thaís tem exercido sua função com ética e sensibilidade. Ela representa tantas mulheres que todos os dias enfrentam desafios e merecem ser respeitadas pelo que fazem, não por como são vistas”, completou.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), apoiou a iniciativa e transformou a moção em manifestação oficial da Casa. Ele reforçou que ofensas nas redes sociais não podem ser encaradas como liberdade de expressão.

 

“Não podemos compactuar com crimes como esse. Muitas pessoas acham que as redes sociais são uma terra sem lei, mas não são. Ofensas e ataques como esses precisam ser punidos”, destacou o presidente.
Ao justificar o requerimento, Lia Nogueira afirmou confiar nas instituições e defendeu a importância de proteger o exercício profissional feminino, especialmente em cargos de comando. Para a parlamentar, respeito e igualdade de gênero são valores que precisam ser garantidos em todos os espaços.