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Webinar para jornalistas com foco na cobertura da COP30 destaca desafios do jornalismo ambiental


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13/10/2025 15h33

Webinar para jornalistas com foco na cobertura da COP30 destaca desafios do jornalismo ambiental

Isabella Rodrigues


Promovido por Latam Intersect, especialistas discutiram  desafios e oportunidades na era da crise climática

Com o objetivo de apoiar jornalistas e comunicadores na cobertura da Conferência das Partes (COP30), que pela primeira vez será sediada em Belém do Pará, a Latam Intersect, agência de comunicação integrada com atuação regional, promoveu o webinar “Guia básico de cobertura jornalística para a COP30”. O evento faz parte da série InterSecção de Valor, iniciativa voltada ao intercâmbio de conhecimento e à capacitação de profissionais de toda a América Latina. 

Três painelistas experientes em coberturas ambientais compartilharam lições e recomendações práticas aos jornalistas presentes. Cristiane Prizibisczki, jornalista especializada em mudanças climáticas, colaboradora do ((o))eco e que cobre as Conferências do Clima da ONU desde 2009; Stefano Wrobleski, premiado por sua contribuição jornalística e ampla experiência em liderança de redes de jornalismo socioambiental, também diretor executivo da InfoAmazonia e vice-presidente da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental; e de Belém, Kelly Lima, especialista em energia e sustentabilidade e sócia-fundadora da Alter Conteúdo.

Para realizar o  encontro, a agência, por meio de sua área de Inteligência,  realizou uma pesquisa inédita com jornalistas de toda a América Latina para entender seu posicionamento diante dos temas que seriam discutidos no webinar. Quase 200 jornalistas da Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, América Central e Brasil responderam e o levantamento revelou que apenas um terço dos jornalistas brasileiros cobre com frequência temas ligados à mudança climática e sustentabilidade, embora o assunto seja considerado relevante pela ampla maioria. O estudo também apontou baixa diversidade de fontes consultadas e dificuldades de financiamento como os principais obstáculos para uma cobertura mais consistente sobre o tema.

“Queremos colocar a sustentabilidade no centro da conversa da opinião pública latino-americana e criar uma rede de apoio entre jornalistas interessados na COP30, fornecendo recursos úteis, oportunos e de alto impacto editorial”, explica Claudia Daré, cofundadora e diretora da Latam Intersect.

Do coração da Amazônia, Kelly Lima destacou o caráter histórico da COP30 e a responsabilidade da imprensa diante desse cenário. “A COP30 não é apenas um evento, é um processo. Por isso, espaços como este são fundamentais para trocarmos ideias e aprimorar a forma como informamos. Uma pesquisa recente mostrou que 71% dos brasileiros ainda não sabem o que é a COP30; isso evidencia o tamanho do desafio. É nosso dever, como comunicadores, ajudar a preencher essas lacunas e fortalecer o protagonismo do Brasil nas discussões climáticas saindo da visão restrita da pauta ambiental, entendendo que ela atravessa temas como economia, energia, política e direitos humanos”, afirmou.

Ao abordar como realizar uma cobertura eficiente da COP30, Stefano Wrobleski ressaltou a importância do trabalho coletivo entre profissionais de imprensa. “Na InfoAmazonia, aprendemos que a cobertura que dá certo é a feita em rede. É fundamental que os jornalistas atuem de forma colaborativa, trocando informações e somando perspectivas, especialmente nesta, que será a primeira COP realizada na Amazônia e em um país democrático”, destacou.

Já Cristiane Prizibisczki ressaltou a importância de planejamento e foco diante da diversidade de pautas que a COP30 trará. “A conferência reúne uma quantidade enorme de discussões que se acumulam há anos — das metas climáticas de cada país ao financiamento global de US$1,3 trilhão previsto no roteiro ‘Baku-Belém’. Para cobrir de forma eficiente, o jornalista precisa entender esse contexto, saber priorizar as informações e acompanhar temas concretos, como o lançamento do fundo Florestas Tropicais Para Sempre e o debate sobre o fim dos combustíveis fósseis. É um evento de múltiplas dimensões, e em um país com uma sociedade civil tão ativa, teremos uma cobertura intensa e cheia de vozes relevantes”, afirmou. 

Outro ponto de destaque do evento foi o fato de que, em tempos de polarização e avanço de discursos negacionistas, a checagem de fatos é essencial na cobertura ambiental. “A desinformação climática não nega a crise, mas muitas vezes são usadas mensagens vagas e estratégias de greenwashing para mascarar algumas notícias. Por isso, ferramentas como Fakebook.ecoObservatório do Clima e ClimaInfo ajudam jornalistas a investigar e desmentir conteúdos enganosos. Usar essas referências e adotar critérios rigorosos de verificação fortalece o jornalismo e assegura que a sociedade receba informações baseadas em evidências científicas”, argumentou Cristiane Prizibisczki.  

Para Stefano Wrobleski, ao cobrir temas climáticos, os jornalistas devem questionar dados e promessas ambientais e antecipar distorções, contextualizando os fatos para evitar discursos enganosos. Já Kelly Lima destacou duas dimensões no combate à desinformação: a estrutural, que exige transparência e regulação das plataformas, e a humana, que depende do preparo ético e intelectual dos jornalistas. Para ela, leitura, estudo e contextualização são as principais ferramentas para fortalecer a confiança no jornalismo.

“A COP30 representa um marco histórico para o Brasil e para o jornalismo ambiental. É um momento de grande responsabilidade, não só de informar, mas de traduzir para a sociedade o que realmente está em jogo nas negociações climáticas”, completou Prizibisczki.

Com o evento se aproximando, a Latam Intersect reforça sua posição de ponte entre informação, tecnologia e jornalismo responsável, promovendo os encontros “Intersecção de Valor” para gerar reflexão sobre temas relevantes no ecossistema onde está inserida. 

“Por meio destes encontros, queremos fortalecer a troca entre jornalistas e oferecer ferramentas para uma cobertura qualificada e acessível sobre o maior evento climático do planeta e contribuir para mudanças na nossa sociedade como um todo”, concluiu Claudia Daré.

Sobre a Latam Intersect

Latam Intersect é uma agência de relações públicas e comunicação integrada, especializada em campanhas corporativas e de consumo, com operações em toda a América Latina. Reconhecida por sua excelência, a agência é uma das 5 melhores da região nos SABRE Awards Latin America em 2022, 2024 e 2025. Seus fundadores, Claudia Daré e Roger Darashah, figuram na lista PRovoke 25 America’s Innovators Professionals em 2022 e 2024, respectivamente. Claudia é a única brasileira na lista.

O nome Intersect reflete nosso princípio fundamental: em um mundo cada vez mais impulsionado pelo big data e pela automação, a capacidade de conectar-se com as pessoas de forma autêntica — por meio de relações, evidências e debates — é indispensável para quem deseja ser relevante no mercado.

www.latamintersectpr.com

 

LAtam Intersect PR




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