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Qual é a melhor forma de pagar um carro zero?


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  • mell280

29/10/2025 15h35

Qual é a melhor forma de pagar um carro zero?

Camila Borges


Mercado registra 639 mil veículos financiados em julho; entenda quando vale pagar à vista ou parcelar


Situação financeira pessoal, taxas de juros e capacidade de manter reserva para emergências são os principais fatores considerados na hora de decidir comprar um carro zero à vista ou parcelado, segundo informações do setor automotivo brasileiro. A escolha requer avaliar a vida financeira atual, os gastos mensais e o planejamento futuro. 

O comportamento do mercado reflete as decisões individuais. Dados da B3 mostram que o mercado de financiamento automotivo registrou 639 mil unidades financiadas em julho, alta de 14,2% ante ao mês anterior e de 2,1% em comparação com junho de 2024.

Vantagens e desafios da compra à vista

Pagar à vista elimina os juros, que podem chegar a 30% do valor do veículo em financiamentos convencionais. A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) destaca que quem tem o dinheiro em mãos também consegue negociar descontos com as concessionárias.

A burocracia também diminui porque não há análise de crédito nem aprovação pendente. O comprador pode sair da loja com a chave e o documento do carro em seu nome, sem alienação fiduciária. Mas a modalidade tem um risco: a descapitalização. Usar todo o dinheiro disponível para comprar o carro pode deixar a pessoa sem reserva para imprevistos ou eliminar investimentos que fariam o dinheiro render.

A consulta às informações de um guia de investimentos é recomendada para compreender essa relação. De forma geral, títulos do Tesouro Direto atrelados à taxa Selic são apontados como alternativa de baixo risco para quem considera financiar o veículo. Seguindo essa estratégia, o consumidor receberia um resultado de investimento um pouco menor do que a taxa de juros do financiamento. Assim, o dinheiro continua rendendo enquanto o comprador paga as parcelas do financiamento. 

Além desses fatores, há ainda o custo de oportunidade: o dinheiro usado para pagar o carro à vista poderia ser aplicado em algo que rendesse mais. Um automóvel é um bem que perde valor com o tempo, diferente de um investimento que pode trazer retorno financeiro.

Quando considerar o financiamento

Já o financiamento permite comprar o carro sem desembolsar o valor integral de uma vez. Para quem tem salário fixo mensal, as parcelas facilitam o planejamento do orçamento. O dinheiro que seria usado no pagamento à vista fica disponível para outras necessidades ou para investir.

A taxa de juros define se financiar compensa. Contratar um financiamento exige comparação entre as instituições financeiras, já que as condições mudam de uma para outra, como alerta o Banco Central. O Custo Efetivo Total (CET) mostra todos os encargos do financiamento, não apenas a taxa nominal, e dá a dimensão real de quanto o carro vai custar.

Inflação alta e investimentos podem tornar parcelas atrativas

Existem situações em que parcelar pode compensar mais do que pagar tudo de uma vez. Se o comprador consegue investir o dinheiro em aplicações que rendem mais do que a taxa de juros do financiamento, ele preserva o capital e ainda ganha a diferença. Essa estratégia exige disciplina e conhecimento do mercado financeiro.

A Abefin reforça que, caso as parcelas ultrapassem 30% da renda mensal líquida, isso pode prejudicar o orçamento e aumentar o risco de inadimplência. Quem não paga o financiamento em dia pode perder o carro, já que ele fica alienado à instituição financeira até a quitação total.

 


Foto: Freepik

 


 





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