15/11/2025 07h42
Da Amazônia ao mundo: Casa das ONGs promove diálogos por um futuro justo e sustentável durante a COP 30
Da Amazônia ao mundo: Casa das ONGs promove diálogos por um futuro justo e sustentável durante a COP 30
Encerrando a primeira semana de COP 30 neste domingo (16), a Casa das ONGs — iniciativa da Abong (Associação Brasileira de ONGs) — consolida-se como um espaço que reúne instituições, movimentos sociais e lideranças comunitárias e fomenta debates importantes sobre justiça climática, direitos humanos e participação social. Com isso, reforça o seu objetivo de fortalecer a incidência política e a voz coletiva desses atores nas decisões globais sobre o clima. O projeto, que inclui oficinas, painéis e rodas de conversa gratuitas, está de portas abertas para o público até o dia 19 de novembro.
A programação do dia traz uma série de atividades que conectam justiça climática, direitos humanos e protagonismo dos territórios. Pela manhã, as atividades abordam mobilidade humana e deslocamentos climáticos, resistência cultural amazônica e acesso à energia com justiça social, destacando experiências de povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas. À tarde, as discussões giram em torno de memória e reparação indígena, resistências negras e periféricas e justiça urbana nas periferias, reforçando a centralidade das vozes locais. E, fechando o dia, as rodas e painéis tratam de transição energética justa, soberania alimentar e agroecologia e das narrativas interculturais pela justiça climática antirracista, integrando saberes tradicionais, arte e comunicação como ferramentas de transformação social.
Porta-vozes da Casa das ONGs:
Henrique Frota (Instituto Polis/Abong)
Juliane Cintra (Ação Educativa/Abong)
Das 10h às 12h
- Painel “Deslocamentos de Pessoas e Justiça Climática: Vozes e Propostas desde os Territórios” - Com tradução simultânea para Inglês, Espanhol e LIBRAS.
Espaço de diálogo, formação e mobilização social sobre os impactos das mudanças climáticas na mobilidade humana, com ênfase nas realidades de refugiados, migrantes, povos originários, comunidades e populações periféricas.
Participantes: Samuel Medeiros (Grito dos Excluídos Continental); José Albarrán López (Vice-Presidente do Instituto Venezuela Somos no Pará); Robert Montinard (Presidente, Mawon, Haitiano); Helene de Saint Front (Coordenadora do Projeto ConscientizAÇÃO).
- Roda de conversa “Proteção dos territórios pela boca de quem faz: justiça climática, cultura e resistências do Amapá”
O Painel reúne três organizações do Amapá que atuam na defesa dos territórios amazônicos, articulando justiça climática, racial e ambiental com cultura, educação popular e soberania alimentar.
Palestrantes: Otávio Oscar (Associação Gira Mundo); Terezinha Soares (IMENA); Anália Barreto (Instituto Mapinguari).
- Roda de conversa “Acesso à energia e protagonismo territorial”
Diálogo sobre pobreza energética e justiça climática nos territórios, destacando a experiência de comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas que estão na linha de frente na defesa das florestas e na proteção do clima.
Palestrantes: Luis Barbosa (Observatório do Marajó); Rosicleia Silva; Ligia Amoroso Galbiati (Coordenadora da Área em Energia, Gênero e Interseccionalidades da International Energy Initiative - IEI Brasil); Helena Santos; Aylla Oliveira (pesquisadora no IDGlobal).
Das 14h às 15h30
- Painel “Justiça, Memória e Clima: Vozes Indígenas na busca pela Reparação e direito ao Futuro” - Com tradução simultânea para Inglês, Espanhol e LIBRAS.
Diálogo entre a justiça de transição e a crise climática a partir das perspectivas e experiências dos povos indígenas em todo o Brasil.
- Roda de conversa “Por Justiça e Bem Viver: Resistências Negras e Periféricas na Amazônia”
Espaço de escuta, arte e mobilização que entrelaça as lutas das mulheres negras e das periferias amazônicas na defesa da vida, da memória e dos territórios.
- Roda de conversa “Periferias em Crise Climática: experiências, saberes e justiça urbana”
Diálogo interterritorial sobre as dimensões da justiça climática nas cidades, a partir das vozes e experiências das periferias urbanas brasileiras.
Das 16h às 17h30
- Roda de conversa “Caminhos Comunitários para a Transição Justa”
Diferentes perspectivas e experiências sobre como tornar a transição energética um processo justo, comprometido com a equidade de gênero e raça, e o protagonismo das comunidades tradicionais.
- Roda de conversa “Soberania Alimentar, Políticas Públicas de Agroecologia e Cultivo da Vida nos Territórios”
A mesa reúne experiências e reflexões sobre o papel da agricultura urbana, da agroecologia e das políticas públicas na construção de soluções concretas para a crise climática e as desigualdades socioambientais.
Das 18h às 19h30
- Painel “Narrativas da Terra: Vozes, Saberes e a Construção Intercultural de uma Justiça Climática Antirracista” - Com tradução simultânea para Inglês, Espanhol e LIBRAS.
Diálogo intercultural sobre Justiça Climática Antirracista, integrando oralidades, cinema e museologia indígena como ferramentas de resistência e construção coletiva do conhecimento.
Casa das ONGs
Local: Rua Cônego Jerônimo Pimentel, 315 – Umarizal
Período de realização das atividades: 10, 11, 12, 16, 17, 18 e 19 de novembro
Horário de funcionamento: entre 10h e 19h30, nas datas em que houver programação
Confira aqui a programação completa.
Sobre a Abong
A Abong – Associação Brasileira de ONGs é uma associação nacional criada em 1991 com o objetivo de fortalecer as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileiras que trabalham na defesa e promoção de direitos humanos, democracia e bens comuns. A Abong atua ao lado de movimentos sociais e dialoga com governos por um mundo ambientalmente justo, com articulações e proposições para as agendas de cibersegurança, LGBTQIA+, antirracista, participação social e luta contra todas as formas de discriminação e desigualdades.



