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MS tem 20% das lavouras de soja em condição abaixo do esperado


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23/11/2025 06h25

MS tem 20% das lavouras de soja em condição abaixo do esperado

Chuvas irregulares e variação térmica reduziram o desempenho das áreas na região sul

Por Gustavo Bonotto


 Mato Grosso do Sul registrou aumento de áreas com desempenho abaixo do esperado nesta semana, segundo boletim da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja e Milho) e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta sexta-feira (21), em levantamento que avaliou municípios produtores e indicou impacto direto das variações climáticas no início da safra.

 
 
A atualização mostrou que 19,8% das lavouras ficaram em condição regular porque a região sul enfrentou chuvas irregulares e oscilações de temperatura durante o período. A análise apontou que esses fatores prejudicaram o desenvolvimento das plantas e interromperam o ritmo ideal do ciclo.
 
O relatório classificou 80,1% das lavouras do sul como boas, pois parte ampla das áreas manteve estrutura satisfatória e avançou dentro do padrão previsto, o que confirmou desempenho acima da média observada nas áreas mais afetadas.
 
A concentração de condições regulares ocorreu principalmente em municípios como Dourados, Caarapó e Fátima do Sul, que sentiram com maior intensidade as oscilações do clima. O solo respondeu de forma desigual ao volume de chuva, e a irregularidade da distribuição reforçou a restrição no crescimento das plantas.
 
As informações técnicas mostraram que a variação de temperatura pressionou as lavouras, porque o aumento do calor reduziu a umidade disponível e dificultou a adaptação das plantas em fase inicial. A falta de chuvas contínuas também agravou a situação, já que a região depende de regularidade para a manutenção do ciclo. Essa combinação impediu melhora imediata no desempenho e ampliou a diferença entre o sul e outras regiões do Estado.
 
O boletim destacou que norte e centro permaneceram com mais de 90% das áreas classificadas como boas, porque não enfrentaram o mesmo nível de instabilidade climática registrado no sul. Essa diferença evidenciou que a região mais afetada iniciou a safra com maior vulnerabilidade e exigiu monitoramento ampliado das equipes. Os dados reforçaram a necessidade de acompanhamento técnico constante para evitar queda maior no desempenho ao longo das próximas semanas.
 
A análise final indicou que a recuperação das áreas depende da retomada das chuvas e da estabilização das temperaturas, pois essa combinação favorece o avanço do ciclo e reduz o risco de impacto prolongado. O relatório também lembrou que a região sul representa parcela significativa da produção estadual e precisa de condições climáticas mais uniformes para alcançar o potencial estimado.
 




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