De acordo com o registro policial, a mulher participava de um churrasco em família quando Girlanio chegou ao local acompanhado do namorado dela. Mais tarde, os três deixaram a casa no Ômega prata do suspeito. O destino era a quitinete onde o rapaz havia deixado o próprio carro. Ao chegarem, ele desceu primeiro. Antes que a vítima pudesse sair, Girlanio acelerou em alta velocidade e desapareceu com ela.

 

O namorado voltou desesperado para avisar a família, que acionou a Polícia Militar e iniciou buscas. Um conhecido do autor informou aos policiais que Girlanio poderia estar em um lava-rápido onde costuma trabalhar, na mesma região.

 

A equipe seguiu para o endereço indicado e encontrou o carro estacionado na garagem do Lava Jato. Quando os policiais chamaram pelo suspeito, a vítima saiu correndo de dentro do imóvel, chorando, com lesões no rosto e vestindo apenas uma camiseta grande, porque havia sido mantida nua pelo agressor.

 

Em depoimento, ela contou que foi levada para dentro do lava-rápido e impedida de sair. Segundo o BO (boletim de ocorrência), Girlanio tentou beijá-la à força, passou a agredi-la com socos e tapas no rosto e nas partes íntimas, rasgou suas roupas e a violentou sexualmente. Durante todo o tempo, a ameaçava de morte e chegou a dizer que usaria uma mangueira para matá-la depois do estupro. As ameaças também foram direcionadas à família da vítima.

 

Assim que a polícia se aproximou, ela conseguiu correr até a guarnição e pedir ajuda. Foi encaminhada para atendimento médico e passou por exames de corpo de delito. Girlanio foi preso no local e levado para a Depac.

 

O suspeito permaneceu em silêncio durante o interrogatório, mas a Polícia Civil registrou no auto que ele já cumpriu pena por homicídio no Estado de Alagoas. Pela gravidade do crime e pelo risco à vítima, a delegada representou pela prisão preventiva, que foi decretada.