24/11/2025 13h30
Da Geração Z aos Boomers: o desafio real da economia digital
Da Geração Z aos Boomers: o desafio real da economia digital
*Por Fabiano Nagamatsu, CEO da Osten Moove
O público mudou. Essa constatação não é apenas um slogan de marketing, mas uma realidade que está moldando a economia digital. Startups que não acompanham essa transformação ficam para trás em pouco tempo. Isso acontece porque, na era atual, compreender as nuances de cada geração deixou de ser um diferencial competitivo e se tornou requisito básico para crescimento e relevância.
Cada geração traz consigo um conjunto de valores, expectativas e formas de se relacionar com marcas e produtos. Por isso, uma comunicação única já não atende às complexidades do mercado.
Os Baby Boomers, por exemplo, cresceram em um período de forte valorização das instituições e acreditam na importância de relações estáveis e transparentes. Eles ainda são um público ativo no consumo e dão prioridade a empresas que oferecem atendimento próximo, confiável e de qualidade.
Os Millennials, também chamados de Geração Y, surgiram em meio à consolidação da internet e valorizam marcas que não apenas vendem produtos, mas também carregam propósito e impacto social. Eles são mais inclinados a escolher experiências autênticas em vez de simples transações comerciais.
A Geração Z, por sua vez, nasceu em um contexto totalmente digital. Acostumados a resolver tudo em segundos, eles buscam rapidez, personalização e inovação constante. Para conquistar sua atenção, não basta ter um produto funcional; é preciso entregar dinamismo, identidade e atualização contínua.
Esse cenário mostra que o segredo não é falar com todo mundo da mesma forma, mas criar soluções que conversem com cada geração no seu próprio ritmo. Startups que conseguem aplicar essa visão ganham vantagem na disputa por relevância.
Desafios e oportunidades para startups
As startups ocupam uma posição única nesse contexto. Por natureza, elas são ágeis, inovadoras e orientadas à experimentação. Mas, para se manterem competitivas, precisam traduzir essa flexibilidade em estratégias claras de comunicação e produto.
Um dos principais desafios é equilibrar a necessidade de crescimento escalável com a de experiências personalizadas. Enquanto grandes corporações podem se apoiar em orçamentos robustos para testar múltiplos canais, startups precisam encontrar caminhos inteligentes e sustentáveis para dialogar com públicos diferentes.
Isso exige investimento em tecnologia de dados e análise de comportamento, ferramentas que permitem identificar padrões de consumo em tempo real. Com esses recursos, fica mais fácil prever tendências, ajustar a jornada do cliente e oferecer experiências específicas para cada geração.
Outro ponto importante é o posicionamento estratégico. Startups que ignoram valores sociais correm o risco de perder a confiança dos Millennials. Já as que não entregam agilidade digital podem não atrair a Geração Z. Da mesma forma, negligenciar o atendimento humano significa afastar Baby Boomers que valorizam proximidade.
Como startups podem se adaptar
Adaptar-se ao novo público não significa abandonar a essência da inovação, mas integrá-la ao comportamento humano. Existem algumas diretrizes práticas que podem guiar esse processo:
- Segmentação inteligente: usar dados para identificar o que motiva cada grupo e criar campanhas direcionadas.
- Atendimento híbrido: combinar tecnologia de autoatendimento com suporte humano de qualidade, valorizado por Baby Boomers.
- Propósito claro: comunicar impacto social e ambiental de forma transparente, ponto decisivo para Millennials.
- Inovação ágil: atualizar produtos e serviços constantemente, algo que mantém a Geração Z engajada.
- Personalização escalável: aplicar inteligência artificial para oferecer recomendações sob medida, sem perder eficiência.
Na prática, isso significa que uma mesma startup pode oferecer uma experiência digital fluida para jovens, enquanto mantém canais de relacionamento humano para clientes mais tradicionais. Essa multiplicidade, longe de ser um peso, torna-se um diferencial competitivo.
O futuro das relações digitais
A economia digital avança em ritmo acelerado, mas a essência continua a mesma: tudo gira em torno das pessoas. Startups que desejam se manter relevantes precisam enxergar além das tendências tecnológicas e focar no que realmente importa — a capacidade de entender, dialogar e se adaptar às diferentes gerações.
No fim das contas, o sucesso não estará apenas nas empresas que oferecem inovação, mas naquelas que sabem traduzir inovação em significado para diferentes públicos. E esse é o caminho para não apenas sobreviver, mas também prosperar no cenário competitivo da economia digital.
*Fabiano Nagamatsu é CEO da Osten Moove, empresa que faz parte da Osten Group, uma Aceleradora Venture Studio Capital focada no desenvolvimento de inovação e tecnologia. Conta com estratégias e planejamentos baseados no modelo de negócio de startups. – ostenmoove@nbpress.com.br.
Sobre a Osten Moove
A Osten Moove faz parte da Osten Group. Trata-se de uma Aceleradora Venture Studio Capital focada no desenvolvimento de inovação e tecnologia. Conta com estratégias e planejamentos baseados no modelo de negócios de startups voltadas ao mercado gamer. Além de realizar networking com o ecossistema de empreendedorismo e comunidades de startups do Brasil, possui um time de especialistas para oferecer desenvolvimento tecnológico, gestão estratégica e mentorias focadas em estrutura de governança.




