MERCADO CORPORATIVO

O faturamento das viagens corporativistas voltou a crescer em outubro, alcançando R$ 1,34 bilhão, aumento de 5,33% em relação ao mesmo mês de 2024, com R$ 1,27 bilhão, o que reforça a expectativa de recorde em 2025, com valor superior a R$ 14.3 bilhões. É o que aponta o estudo da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), que analisa 11 setores mensalmente. “Apesar de toda movimentação geopolítica no mundo no período, o mercado de viagens segue fortalecido, com expansão em diferentes frentes e evolução constante da demanda por serviços especializados”, afirma Douglas Fernandes e Camargo, diretor executivo da Abracorp. Os Serviços Aéreos, com R$ 785,4 milhões, com os elevados preços das passagens, apresentaram crescimento de apenas 1,78%, quando comparados ao mesmo período do ano passado (R$ 771,7 milhões).

HOTELARIA

Hotéis e Rodoviário também continuaram a tendência de alta, ao atingirem, respectivamente, R$ 413 milhões, 8,9% acima de igual mês de 2024, e R$ 6,38 milhões, expansão de 18,1% sobre outubro do ano passado. O setor de Cruzeiros surpreendeu e apresentou um crescimento expressivo de 535,39%, saindo de R$ 131 mil em outubro de 2024 para R$ 832,7 mil em outubro de 2025. O desempenho evidencia a maior adesão por parte das empresas e ampliação da oferta de experiências diferenciadas no ambiente corporativo e antecipação da temporada de cruzeiros no país. A Locação de Veículos cresceu 3,63% em relação a outubro de 2024. Faturou no período R$ 35 milhões frente a R$ 33 milhões no ano passado.

LÍDERES DA HOTELARIA

O 2º Encontro de Líderes da Hotelaria de Joinville e Região reuniu no último dia 25, no Rooftop Rolf Colin, diretores e gerentes dos hotéis da região. Organizado pelo Joinville e Região Convention & Visitors Bureau (JRCVB), o evento possibilitou a troca de conteúdo e networking, em comemoração ao Dia do Hoteleiro, celebrado em 9 de novembro. Entre os conteúdos abordados no encontro, destaque para o painel sobre “Os impactos da reforma tributária na gestão e precificação hoteleira”, apresentado pela SST Advogados, e “Os desafios do setor”, apresentado pela ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina. A presidente da ABIH/SC, Margot Rosembrock, destacou que a hotelaria tem desafios constantes, por ser uma indústria feita de pessoas para pessoas. “É necessário conduzir de perto a gestão da equipe e focar na eficiência dos serviços para que o cliente perceba esses reflexos. O diferencial da hotelaria é o que gera valor para o cliente e a troca de experiências é fundamental para agregar e compartilhar informações estratégicas e relevantes”, comentou. O 2º Encontro também contou com uma premiação para os hotéis que se destacaram na arrecadação de Room Tax, uma taxa cobrada com o objetivo de promover o destino turístico. Organizado pelo Convention Joinville, o evento foi apresentado pela HMAX Automação Hoteleira, com o patrocínio do Shopping Mueller Joinville, Sicredi e Ecoflex. Contou com o apoio de Coevo.co, Formas Comunicação Visual, Giga Eventos, Impactus Eventos, Adega Don Maximiliano, SST Advogados, Sirlei Veiga Atêlie, André Kopsch Fotografia, Rooftop Eusébio Eventos e Renã Bueno Agência Digital.

TURISMO – O FIASCO DA COP30

Segundo o Ministro do Turismo Celso Sabino, seria a melhor das COPs. Inesquecível! De fato foi, ninguém quer lembrar-se de tamanho fiasco que terminou até com incêndio onde Sabino afirmava que o material não era inflamável, diante das labaredas incontestáveis. Fiasco também para o turismo, A COP30, realizada em Belém (PA), dedicou apenas dois dias ao turismo. A presença da indústria foi significativamente menor do que em 2024, quando o segmento havia conquistado protagonismo com o primeiro Tourism Day da COP e o compromisso de 70 governos para integrar o turismo aos seus planos climáticos nacionais. Todo por conta da mais completa infraestrutura e preços abusivos e até temores políticos, que acabaram afastando players relevantes. A justificativa mais frequente entre empresas ausentes foi simples: era difícil chegar e permanecer em Belém durante o evento. A capital paraense recebeu dezenas de milhares de participantes e enfrentou gargalos de hospedagem, transporte e estrutura para grandes delegações. Segundo o Skift, para Christopher Imbsen, vice-presidente de pesquisa e sustentabilidade do WTTC, o cenário impediu que o setor conseguisse repetir o engajamento do ano anterior. “Criamos um ótimo impulso em 2024. É uma pena ver o turismo menos representado justamente quando mais precisamos mostrar relevância climática”, afirmou.