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Dólar ronda estabilidade após corte de juros pelo Fed


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11/12/2025 12h10

Dólar ronda estabilidade após corte de juros pelo Fed

Thais Cipollari


Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas

O dólar abriu o dia cotado em cerca de R$ 5,47, com o câmbio oscilando em torno desse patamar nas negociações iniciais. A cotação reflete alta marginal frente ao fechamento anterior, quando a taxa estava em cerca de R$ 5,44/5,47 no fechamento do dia anterior. A variação percentual indicada está em torno de +0,6% nas últimas 24 h considerando dados de mercado.

No mercado cambial, a dinâmica tem sido marcada por cautela entre os investidores, que seguem ajustando posições antes de eventos de política monetária importantes nos EUA e no Brasil. Os volumes operados ainda mantêm liquidez moderada, com fluxos direcionados tanto a ativos de renda fixa no exterior quanto a proteção cambial por parte de empresas exportadoras.

O sentimento do mercado reflete avaliação de risco equilibrada, com traders atentos às decisões de juros nos Estados Unidos e à comunicação do Banco Central brasileiro. A cautela predomina, embora haja fluxo de demanda por dólares ligado a cobertura de posições e dados macroeconômicos locais.

Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50%–3,75% ao ano, na terceira redução do ano. O comitê sinalizou que é provável haver apenas mais um corte em 2026, mantendo um tom cauteloso quanto ao futuro ciclo de afrouxamento monetário. A decisão foi acompanhada por dissidências internas entre os membros do FOMC, mostrando que há visões distintas sobre inflação e mercado de trabalho. O presidente do Fed, Jerome Powell, comentou que a política está “bem posicionada” para observar a evolução da economia, sem um caminho pré-definido para os próximos ajustes.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano, pelo quarto encontro consecutivo, e preservou um tom hawkish (mais rígido) no comunicado, sem sinal claro de cortes iminentes. Os diretores reforçaram que a inflação e as expectativas ainda exigem cautela, apesar de projeções indicando uma possível redução gradual de juros ao longo de 2026.

No circuito político-econômico interno, a atmosfera está sensível após a recente decisão do Banco Central do Brasil de manter a taxa Selic em 15%, sem sinalização imediata de cortes, o que tem impacto direto no fluxo de capitais e na atratividade relativa do real frente ao dólar.

Em síntese, o dólar segue em leve alta diante do real, com mercado global atento a indicações de política monetária e balanço entre risco e retorno em momentos de incertezas macroeconômicas tanto no exterior quanto no Brasil.
 

Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas

O ouro abriu o dia cotado por volta de US$ 4.228 por onça, ligeiramente abaixo do fechamento anterior, que estava em cerca de US$ 4.236/4.228 nos principais mercados futuros. Atualmente, o metal flutua próximo de US$ 4.215–4.227 por onça, com variação diária moderada, refletindo os ajustes após a divulgação da decisão de política monetária do dia anterior.

O sentimento no mercado de ouro hoje é misto, em meio à reação ao corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA, decisão que geralmente favorece metais preciosos devido ao menor custo de oportunidade de manter um ativo que não rende juros. No entanto, a divisão interna na decisão do Fed e a falta de orientação clara sobre futuros cortes introduzem cautela, levando a volatilidade e movimentos de realização de lucro.

Os fluxos de negociação mostram volume ativo em contratos futuros e ETFs de ouro, com investidores equilibrando posições de hedge e busca por segurança em um ambiente macroeconômico incerto. Analistas destacam que, apesar de algum recuo no preço spot, a tendência estrutural permanece suportada por fluxos para ativos de proteção e portfólios diversificados.

Na agenda do dia, os mercados monitoram dados econômicos dos EUA, como pedidos iniciais de seguro-desemprego e indicadores de emprego, que podem influenciar as expectativas sobre a trajetória da política monetária e, por extensão, o apetite por ouro como ativo seguro. Para além dos EUA, indicadores de inflação e decisões de bancos centrais na Europa também figuram no radar dos investidores.

O cenário internacional que influencia o ouro hoje inclui a continuidade da política de estímulo monetário nos EUA e tensões geopolíticas que mantêm parte da demanda por ouro como refúgio. A decisão do Fed de reduzir taxas, embora esperada, foi marcada por incertezas sobre o ritmo futuro de cortes, fator que tem mantido o ouro em níveis elevados com potencial de alta caso as condições econômicas se mostrem mais frágeis nos próximos meses.

Em resumo, o ouro opera em patamar alto, com leve ajuste no dia após o corte de juros nos EUA, sentimento de mercado cauteloso, e forte influência de dados macroeconômicos e geopolíticos na direção dos fluxos e perspectivas de preço.

Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.


Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.


Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais

 


 





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