26/12/2025 16h27
Desbancarização ganha força em 2026 com FIDCs rumo ao 1° trilhão, afirma gestora rumo ao 1° trilhão, afirma gestora
A expansão do crédito fora dos bancos e o avanço das estruturas regulatórias impulsionam os FIDCs a um novo patamar em 2026, aproximando a indústria do 1° trilhão sob gestão
O mercado de FIDCs entra em 2026 com uma projeção inédita: o patrimônio líquido da indústria, que ultrapassou R$ 810 bilhões em 2025, pode chegar a R$ 1 trilhão ainda nos 1° meses de 2026. O ritmo acelerado reflete a migração estrutural do crédito no país, com mais empresas buscando alternativas ao sistema bancário tradicional e mais investidores ampliando sua exposição a Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). A consolidação da CVM 175, que abriu o acesso a uma gama maior de investidores, e a maturação das estruturas subordinadas e sêniores criaram um ambiente de escala e segurança que favorece a expansão. A indústria chega a 2026 com maior diversificação, originação mais sofisticada e demanda crescente por crédito pulverizado, movimentos que reposicionam os FIDCs como protagonista na indústria de fundos. A popularização do produto entre investidores transformou profundamente a dinâmica do setor e ampliou o alcance dos fundos em um ritmo que poucas classes conseguiram acompanhar. Com a possibilidade de acesso às cotas sêniores, consideradas a camada mais segura da estrutura, esses investidores passaram a ocupar um espaço relevante na formação de capital dentro dos FIDCs. Em paralelo, investidores institucionais também intensificaram a compra das cotas dos FIDCs.
O avanço dos FIDCs também é consequência direta da desaceleração do crédito bancário tradicional e da reconfiguração do mercado de capitais, que se tornou o principal vetor de diversificação das empresas nos últimos anos. Hoje, 76% do crédito nacional ainda circula dentro dos bancos, mas estudos recentes da Ouro Preto Investimentos mostram que há uma tendência de redução gradual dessa concentração. O levantamento indica que o mercado de capitais poderá chegar a 37% de participação até 2029 e ultrapassar o sistema bancário em 2034, quando 51% do crédito deve estar fora dos bancos. Segundo Leandro Turaça, sócio-gestor da Outro Preto Investimentos, o movimento não surge por acaso. Ele acompanha o aumento da demanda por alternativas de financiamento, pela busca de originação especializada e pela maior capacidade dos FIDCs de atender empresas de vários tamanhos e segmentos. O crescimento do crédito alternativo também reflete o amadurecimento de instrumentos como debêntures, CRIs e CRAs, que compõem o bloco de produtos responsável por acelerar a descentralização financeira no país e ampliar o acesso das companhias a capital competitivo.
A perspectiva para 2026 é de expansão. Estruturas mais complexas, fundos multissetoriais e originação de recebíveis pulverizados devem sustentar o crescimento da indústria, que já representa 6,9% do mercado de fundos, acima dos fundos de ações. O avanço do crédito alternativo, somado à digitalização da originação e ao apetite institucional por retornos superiores ao CDI, tende a manter o setor na liderança do crescimento entre as classes. “A indústria se tornou mais madura. 2026 deve ser o ano em que o investidor finalmente enxerga os FIDCs como peça estrutural da carteira, não mais como um produto de nicho. O horizonte aponta para escala, governança e diversificação como motores de desempenho”, diz Leandro Turaça. Para ele, a combinação entre demanda reprimida por crédito, ambiente regulatório mais claro e capacidade crescente de originação deve colocar os FIDCs no centro da expansão do mercado de capitais.
Sobre a Ouro Preto Investimentos
https://www.ouropretoinvestimentos.com.br/
Há mais de 15 anos no mercado, a Ouro Preto Investimentos é uma das maiores estruturadoras de Fidcs do Brasil. Com mais de R$ 13,5 bilhões em ativos sob gestão, distribuídos atualmente entre 128 fundos de investimento, a empresa realiza cerca de 250 milhões de operações de crédito diariamente, com empresas e instituições financeiras de todo o país, atendendo uma ampla gama de investidores, entre eles: profissionais, qualificados e de varejo. Atualmente, a Ouro Preto estrutura entre 4 e 5 Fidcs todos os meses, para companhias dos mais diversos setores.
Os sócios da gestora acumulam mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais. João Baptista Peixoto, fundador e especialista em produtos financeiros e gestão de risco, é membro do comitê da Anbima de FII e FIDC e autor do mais completo estudo sobre o mercado de FIDCs brasileiro. Leandro Turaça, Leandro Turaça é sócio gestor da Ouro Preto Investimentos, graduado em economista e física com mais de 27 anos de experiência no mercado financeiro e atuando na gestão de recursos. Ao longo de sua carreira passou por instituições de destaque como a Real Corretora de Valores, Family Offices e o Fundo de Pensão Economus.
Além disso, o fundo Ouro Preto FIC FIDC, com histórico de 13 anos de rentabilidade positiva, foi agraciado nos últimos anos com prêmios por renomadas revistas e jornais, mantendo-se com 5 estrelas, além de ser reconhecido como o melhor fundo multimercado na categoria de risco-retorno.



