- mell280
15/03/2025 05h28
Da tradição à inovação: a trajetória da família de Régis na expansão da soja no Brasil
A história da soja no Brasil se mistura com a trajetória de famílias que dedicaram gerações ao cultivo do grão. Esse é o caso de Régis e sua família, que começaram a plantar no Rio Grande do Sul em 1968, período das primeiras lavouras comerciais no país. Desde então, o crescimento do cultivo e a modernização das técnicas agrícolas marcaram a evolução do agronegócio brasileiro.
No início dos anos 2000, a família expandiu sua produção para Tapurah, no Mato Grosso, acompanhando o movimento de produtores que buscavam novas áreas no Centro-Oeste. O desafio não era pequeno: infraestrutura precária, falta de estradas, energia elétrica e serviços básicos como escolas e hospitais. Mas a vontade de plantar era maior do que as dificuldades.
A Fazenda Gaúcha, que começou com 400 hectares no Sul, hoje soma 1.300 hectares na nova região. A ampliação da área cultivada veio acompanhada por avanços tecnológicos, como a popularização do plantio direto, um sistema que protege o solo e melhora a produtividade ao reduzir o revolvimento da terra. “O grande objetivo é preservar a matéria orgânica e manter o carbono no solo”, explica Régis, que desde jovem acompanhou o desenvolvimento da lavoura.
A produtividade também cresceu ao longo dos anos. No passado, a média de produção era de 35 a 40 sacas por hectare. Hoje, Régis espera alcançar 55 sacas por hectare, um aumento de 15% em relação à safra anterior. No entanto, os desafios continuam. O excesso de chuvas durante a colheita pode prejudicar os grãos e comprometer os rendimentos da safra.
A história da família de Régis é um retrato fiel da agricultura brasileira: uma mistura de tradição e inovação, onde o conhecimento passado de geração em geração se alia à tecnologia para superar desafios e aumentar a produtividade. O avanço da soja no Brasil não é apenas uma questão de números, mas de pessoas que fizeram do campo sua vida e seu legado.