A coordenação da operação se reuniu nesta terça-feira (20) para alinhar estratégias e definir as frentes de atuação da força-tarefa, que tem como foco antecipar demandas nas regiões impactadas pelo crescimento acelerado. Com atuação intersetorial, a SES lidera as ações de saúde pública, com atendimentos diretos, campanhas de prevenção e estratégias de vigilância ativa em territórios vulneráveis.
“Nossa prioridade é atuar na prevenção e promoção da saúde. A SES está atuando lado a lado com os municípios para estruturar respostas eficientes, com foco em prevenção e cuidado integral. Além dos serviços oferecidos, as informações serão fundamentais para orientar políticas públicas que assegurem o melhor atendimento às necessidades da população”, afirmou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone. Segundo ela, a ação reforça a presença do Estado em regiões de expansão, que exigem planejamentos e intervenções prevendo possível sobrecarga para os sistemas de saúde locais.
A equipe da Defesa Civil fará um reconhecimento prévio da área já na próxima semana. “Essa é uma ação estratégica, construída com diálogo e cooperação entre as instituições. Nosso objetivo é fazer um diagnóstico preciso das áreas mais vulneráveis, ouvindo a comunidade, identificando riscos estruturais e mapeando fragilidades nos serviços essenciais”, afirmou o Coordenador-Geral da Defesa Civil, Coronel Hugo Djan Leite.
Ações integradas de saúde
Durante a operação, profissionais da SES e AVDCs (Agentes Voluntários da Defesa Civil) visitarão casas em áreas de risco, aplicarão testes rápidos para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) em locais de atuação de profissionais do sexo, realizarão testes de combate à tuberculose e hanseníase, além de ações de imunização.
Além disso, será feito o mapeamento dos restaurantes da região, com a realização de um curso de boas práticas na manipulação de alimentos. O intuito é evitar doenças vinculadas ao consumo de alimentos manipulados de forma inadequada, especialmente considerando que muitas pessoas se alimentam em marmitas e restaurantes, o que pode representar um risco à saúde pública se os cuidados não forem seguidos corretamente. Mais do que oferta, os dados levantados durante a mobilização deverão embasar planos estruturais de resposta pública.
“A ação é um marco da atenção integral à saúde, especialmente em territórios impactados por mudanças urbanas e demográficas. Estamos indo a campo com equipes técnicas, levando serviços básicos e, ao mesmo tempo, identificando vulnerabilidades que exigem resposta rápida e planejamento estruturado para dar suporte aos municípios”, destacou a superintendente de Atenção à Saúde da SES, Angélica Congro.
Mapeamento estratégico
O trabalho realizado em Inocência integra uma série de ações estratégicas da Secretaria de Estado de Saúde, em conjunto com a CEPDEC-MS, para mapear áreas de alta complexidade e crescimento acelerado, como regiões de fronteira, o traçado da Rota Bioceânica e os municípios da Rota da Celulose. Esses territórios, que concentram fluxos populacionais intensos e transformações urbanas rápidas, exigem planejamento específico e vigilância ativa para antecipar demandas e estruturar respostas do poder público.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, o trabalho de campo será essencial para traçar o retrato sanitário da região. “Vamos mapear as reais condições de vida e saúde dessas populações, o que nos permitirá atuar com precisão nos próximos meses”, reforçou.
“A ação simboliza o compromisso do Governo do Estado com a proteção da população de Inocência. Integrando esforços da Secretaria de Estado de Saúde e da Defesa Civil, a iniciativa realizará o mapeamento de áreas de risco, pontos de vulnerabilidade social e da população flutuante. Será uma estratégia essencial para fortalecer a vigilância em saúde, orientar decisões estratégicas e garantir um desenvolvimento seguro e responsável diante do crescimento acelerado da região”, finaliza a assessora técnica de gabinete da SES, Danielle Ahad.
Foto capa: Chico Ribeiro/Arquivo