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Village Capital impulsiona 250 startups em uma década e mira expansão no Brasil


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  • mell280

07/08/2025 11h00

Village Capital impulsiona 250 startups em uma década e mira expansão no Brasil

Elisa Reis


Apesar do crescimento do ecossistema de startups na região, os empreendedores brasileiros ainda enfrentam barreiras para escalar suas soluções

Enquanto o ecossistema brasileiro de startups se consolida como um dos mais promissores da América Latina, a falta de acesso a capital continua sendo um dos principais obstáculos para quem empreende no país. Segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Startups 2024, elaborado pela ABstartups em parceria com a Deloitte, mais de 60% das startups no Brasil nunca receberam nenhum tipo de investimento.

Além disso, muitas delas estão localizadas fora dos grandes centros tecnológicos da região, o que dificulta ainda mais o acesso a conexões estratégicas, mentorias qualificadas e capital adequado. A pesquisa Startups Mindscape, realizada pela MIT Technology Review Brasil em conjunto com o Google Cloud, reforça esse cenário ao revelar que 68,27% dos fundadores afirmaram que, no início da jornada, assumiram todas as tarefas sozinhos.

“Por isso, um impacto real exige uma transformação estrutural. E isso só acontece com a participação de todos os atores: governos, fundos, universidades e, especialmente, empresas”, afirma Daniel Cossío, Diretor Regional da Village Capital para a América Latina.

Nesse contexto, a Village Capital tem atuado de forma estratégica para fortalecer o ecossistema empreendedor na região, conectando capital social e financeiro a empreendedores que desenvolvem soluções emergentes com o objetivo de gerar um impacto real na vida das pessoas e de suas comunidades. Com presença consolidada há uma década e parcerias locais, a organização desempenha um papel essencial na construção de um sistema mais justo, acessível e inclusivo — especialmente em países como o Brasil.

10 anos promovendo respostas estruturais à desigualdade na América Latina

Desde 2015, a Village Capital atua na América Latina com uma visão sistêmica: apoiar empreendedores que desenvolvem soluções para desafios sociais, ambientais e econômicos em suas comunidades — principalmente aqueles que estão fora do radar tradicional dos investidores.

Ao longo desses dez anos de atuação, a organização trilhou um caminho sólido rumo à transformação do ecossistema empreendedor regional. Mais de 250 startups já foram apoiadas em 16 países da região, com US$ 847,7 milhões captados por participantes que passaram pelos programas globais da Village Capital. Desse total, 48% são startups lideradas por mulheres e 35% operam fora dos principais hubs tecnológicos.

Durante esse período, a Village Capital realizou 26 programas de aceleração em setores estratégicos como saúde, agricultura, fintechs, sustentabilidade, entre outros. Além disso, ferramentas como o Abaca e o Capital Explorer têm democratizado o acesso a mentorias, planejamento estratégico e métodos de financiamento alternativos aos tradicionais.

Startups que transformam comunidades

Casos como o da Sofya, de São Paulo — que oferece uma tecnologia capaz de transcrever e estruturar informações de consultas médicas, integrando os dados aos sistemas de prontuário eletrônico —, ou da PlantVerd, de Indaiatuba — que já recuperou mais de 2.000 hectares de terras degradadas —, demonstram que é possível crescer e gerar impacto ao mesmo tempo.

“Na Village Capital, acreditamos que a América Latina é um viveiro de soluções com impacto global. Mas isso só continuará crescendo se todos ajudarmos a reconfigurar o sistema, para que boas ideias não dependam da sorte, e sim do acesso”, reforça Cossío.

Outros exemplos incluem a Tu Consejería, da Guatemala, que ofereceu atendimento psicológico a mais de 12 mil pessoas, e a Aplazo, do México, que já captou US$ 175 milhões para tornar as compras mais acessíveis, sem a necessidade de cartão de crédito.

Olhando para o futuro: mais impacto, mais equidade

Com foco em 2030, a Village Capital tem como meta reduzir as barreiras de acesso ao capital para 50 mil startups alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Para alcançar esse objetivo, a organização convida empresas, fundos e instituições públicas a se juntarem à sua missão: apoiar, contratar e investir em startups que estão construindo uma América Latina mais resiliente e sustentável.

“Quando fundei minha empresa, anos atrás, eu nem sabia o que era uma empresa de impacto social. Só queríamos resolver um problema real, mas não conhecíamos o venture capital nem o conceito de investimento de impacto. O acesso a redes e fundos era praticamente inexistente e, no fim, tivemos que fechar. Essa experiência marcou o trabalho que faço hoje: ajudar startups como a minha a não apenas sobreviver, mas crescer”, compartilha Cossío.

Daniel destaca que, no Brasil, não faltam pessoas dispostas a enfrentar os grandes desafios climáticos, econômicos e sociais de suas comunidades.

“Vejo isso o tempo todo: fundadoras e fundadores usando inteligência artificial para ampliar o acesso à saúde, empreendedores regenerando solos em zonas rurais e startups oferecendo soluções financeiras para quem nunca foi atendido pelo mercado tradicional.”

 

Daniel Cossío, Diretor Regional da Village Capital para a América Latina
Daniel Cossío, Diretor Regional da Village Capital para a América Latina

 


 

 





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