Para diminuir o impacto das tarifas impostas à importações brasileiras pelos Estados Unidos, a Suzano afirmou na quinta-feira (07/08), que criou um estoque de papel para manter seus preços até o final do ano. Um dos diretores da empresa, Fabio de Oliveira, complementou a informação na conferência com analistas, dizendo que “a Suzano está avaliando redirecionar as vendas a outros mercados”.

Em celulose, a Suzano anunciou aumento de preço para clientes na Ásia com efeito imediato da ordem de US$ 20,00 (R$ 109,40) a tonelada. O executivo responsável, Leonardo Grimaldi, destacou no evento que a empresa está vendo desde o final de junho um nível de encomendas da China “excepcionalmente alto” em meio ao que parece ser um movimento de reestocagem no país, “tanto por clientes regulares de celulose quanto por empresas integradas”, apontou. “Vemos um cenário que suporta preços maiores”.

Já o presidente-executivo da empresa, João Alberto de Abreu, afirmou que o acordo anunciado pela companhia na véspera com a Eldorado Brasil cria a possibilidade para a Suzano ampliar a produção de fábrica de Ribas do Rio Pardo acima da capacidade máxima originalmente planejada para a unidade.

“Estamos avaliando que podemos produzir mais, 100 mil a 150 mil toneladas por ano sem investimento adicional”, disse o executivo. “A fábrica está operando melhor do que esperávamos e podemos fazer isso nos próximos trimestres dependendo do cenário de negócios”, acrescentou.

Apesar disso, a Suzano anunciou na quarta-feira (06/08) uma redução de produção de celulose nos próximos 12 meses de 3,5% sobre a capacidade nominal da empresa por ano, algo equivalente a 450 mil toneladas, citando que “tal volume de produção não traria retorno adequado para a companhia”.