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Estudo da Rio Bravo - Taxa Juros precisaria estar em 9% para taxa real neutra estar em 5,7%


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13/11/2025 08h42

Estudo da Rio Bravo - Taxa Juros precisaria estar em 9% para taxa real neutra estar em 5,7%

Priscila Oliveira:


Estudo da Rio Bravo Investimentos mostra que, mesmo em cenário ideal, a economia brasileira exigiria juros de dois dígitos para manter a estabilidade, evidenciando a baixa eficiência da política monetária

       A taxa de juros real neutra do Brasil foi estimada em 5,7% ao ano no primeiro trimestre de 2025. Este número implicaria em Selic nominal próxima de 9%,  com inflação na meta de 3% e PIB operando em seu nível potencial. O cálculo, obtido pelo modelo Holston, Laubach e Williams (HLW), reforça que o país continuará convivendo com juros estruturalmente elevados, independentemente do ciclo monetário. O levantamento, conduzido pela Rio Bravo Investimentos, traz uma leitura abrangente sobre o custo estrutural do capital e sobre a eficiência da política monetária no Brasil, temas centrais para investidores e formuladores de política econômica.

       Segundo o estudo, a explicação passa pela baixa sensibilidade da economia às variações da taxa básica de juros, o que reduz a potência da política monetária. Mesmo diante de um “gap” positivo entre a Selic real e o juro neutro, a atividade reage pouco, e a inflação corrente mostra resposta limitada ao hiato do produto. A análise foi feita com base no modelo Holston, Laubach e Williams (HLW), metodologia desenvolvida por economistas do Federal Reserve de Nova York e amplamente usada por bancos centrais e instituições de pesquisa para estimar variáveis não observáveis, como o juro neutro e o produto potencial. “O modelo mostra que, mesmo com estabilidade de preços e crescimento próximo ao potencial, a economia brasileira requer juros reais elevados para conter pressões inflacionárias. Isso evidencia um sistema financeiro segmentado e uma transmissão ineficiente da política monetária”, afirma José Alfaix, economista da Rio Bravo Investimentos.

       Outro ponto relevante é o comportamento do produto potencial, estimado em crescimento de 1,8% ao ano. O modelo indica que, no caso brasileiro, o coeficiente que relaciona o crescimento potencial ao juro neutro é superior a 1, o que significa que cada aceleração sustentada do PIB tende a elevar a taxa neutra de forma mais que proporcional. “O paradoxo brasileiro é que o avanço do produto, que deveria baratear o capital, acaba elevando o juro neutro. Isso torna o crescimento mais custoso e mostra que a economia ainda opera com fricções estruturais que encarecem o crédito”, complementa Alfaix. O estudo conclui que juros altos seguirão sendo parte do ambiente econômico brasileiro no futuro previsível. Mesmo após a convergência da inflação à meta, empresas e investidores devem planejar decisões de financiamento e alocação de capital com base em um custo estruturalmente elevado. O documento destaca que apenas reformas institucionais e avanços na produtividade poderão, no longo prazo, reduzir o nível do juro real neutro. Até lá, a taxa neutra estimada em 9% segue como o ponto de equilíbrio de uma economia que ainda paga caro para manter a estabilidade.


Sobre a Rio Bravo Investimentos

https://www.riobravo.com.br/ 

Completando 25 anos desde a sua fundação, a Rio Bravo é uma das maiores gestoras independentes de investimento da América Latina e tem a missão de conectar o investidor ao mercado financeiro e de capitais. A empresa tem mais de R$13 bilhões em ativos sob gestão, distribuídos entre 40 fundos de investimento. Contando com a confiança de mais de 200 mil cotistas em seus fundos com foco em renda, a Rio Bravo atende desde grandes clientes institucionais, até pequenos e médios investidores pessoa física.

A trajetória da Rio Bravo inclui a movimentação de mais de R$ 15 bilhões em transações imobiliárias e conta com mais de R$ 1 bilhão em crédito sob gestão. Foi também pioneira em fundos imobiliários listados na B3. Além disso, atualmente, a gestora possui o único fundo de infraestrutura do Brasil com o selo de Investimento Sustentável da Anbima

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central do Brasil e um dos principais arquitetos do Plano Real, é um dos fundadores da Rio Bravo, juntamente com Paulo Bilyk, atual CEO e CIO e responsável por toda a estratégia de investimento da companhia. Com foco em atrair os melhores talentos do mercado, a companhia é reconhecida por sua transparência e resultados consistentes. 


 

 



 

 



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